Por fabio.klotz

São Paulo - A ligação com o basquete vem de família. Marcus Toledo seguiu os passos da mãe e do irmão e abraçou o esporte. O sucesso nas categorias de base, no Monte Líbano e Hebraica, levou o ala à Espanha.

Toledo é um dos destaques do Pinheiros no NBBRicardo Buffolin / Pinheiros / Divulgação

“Fui com 17 anos, até um um pouco precoce. A escola espanhola é muito importante. Os títulos que eles ganharam com a seleção mostram o trabalho que eles têm, um olhar diferente”, disse o ala do Pinheiros,de 28 anos, que destaca a importância do irmão Douglas: “É o meu ídolo. Ele me levava aos treinos, orientava e dava bronca.”

Em casa, o ala também respira basquete e tem o apoio da esposa Maria Toledo: “Ela também jogava e me ajuda muito. Às vezes, chego um pouco nervoso e ela conversa comigo.”

Toledo voltou para o Brasil em 2013 e logo chamou atenção, sobretudo pela vocação defensiva. Ele foi um dos destaques do Mogi das Cruzes, que deu trabalho ao Flamengo na semifinal.

“Eu sempre tento me especializar cada vez mais. Eu me esforço bastante e isso ajuda a mim e ao time. Não adianta fazer 101 pontos e levar 102. O foco está voltando para a defesa. Hoje em dia o Bauru está fazendo isso muito bem, atacando e defendendo, isso mostra a evolução dos times”, analisa.

Toledo tem média de 11%2C3 pontos%2C 6%2C5 rebotes e 1%2C9 bola roubada por jogoJoão Pires / Divulgação LNB

A versatilidade e o poder defensivo são trunfos de Toledo para um dia voltar à seleção brasileira — ele foi campeão do Pan de 2007. O Pinheiros é a porta de entrada para ter uma nova chance: “Convocação é em decorrência do trabalho no clube. Então quero chegar o mais longe possível com o Pinheiros e chamar atenção do Magnano”, avisa.

O primeiro passo para ir "o mais longe possível" é bater o Brasília, rival do Pinheiros nas oitavas de final do NBB. A série melhor de cinco começa nesta quinta-feira, na casa do clube paulista - dono da vantagem do mando de quadra. Na fase de classificação, uma vitória para cada lado.

"Ganhamos em casa, com um placar maior, e perdemos em Brasília com um placar apertado, na prorrogação, no jogo mais recente e que mostra a melhora do time deles. Vai ser um playoff apertado. Temos de anular as forças do Brasília e tirar proveito de atuar os dois primeiros jogos em casa. Brasília vem em uma temporada irregular, mas sabemos do nome e potencial do time deles, maior campeão ao lado do Flamengo e que já ganhou tudo o que podia ganhar. Vai ser um playoff muito parelho", prevê Toledo.

Com um grupo renovado, Pinheiros oscilou na temporada, mas apresentou uma melhora na reta final da fase de classificação. O ala elogia o trabalho de Marcel à frente do time.

"Nunca havia trabalhado com um cara com a história do Marcel. A adaptação dele com os jogadores foi muito boa e o trabalho encaixou bem no fim da fase de classicação, com os jogadores entendendo mais o que ele pedia. No último jogo, por exemplo, estabelecemos o recorde nas bolas de três pontos (foram 22 acertos). Isso mostra a mão do técnico. Ele sempre tenta passar a experiência que teve em quadra."

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