Por fabio.klotz

Rio - O técnico René Simões dizia no fim do jogo que tinha sido a melhor partida do Botafogo no campeonato, o que pareceu um certo exagero. Mas, sem dúvida, o resultado mais justo seria o empate porque a partida foi igual, com lances de boa técnica, emoção, várias chances de gol e muitas alternâncias. Quando logo de saída Bill perdeu uma grande chance, parecia um sinal de que a sorte não estava ao lado do Botafogo. Daí por diante, houve equilíbrio. Havia até o temor de que o preparo físico derrubasse o Botafogo na fase final, mas a entrada de Tomas no lugar de Gegê reorganizou o meio-campo, obrigando o Vasco a dinamizar tudo de novo com Bernardo e Rafael Silva. Mas as mudanças, se até melhoraram o Vasco, não tiraram a dinâmica alvinegra, que criou chances e poderia ter vencido na bola no travessão de Willian Arão, um dos destaques do jogo.

Rafael Silva brilhou e decidiu o clássico a favor do VascoJoao Laet

O 0x0 seria injusto pela falta de gols, mas correto pela partida. A falta no finzinho iluminou o caminho de Rafael Silva e do Vasco. Castigo para o Botafogo e um prêmio à determinação do Vasco.

O Maracanã viveu uma tarde agradável

Quase tudo o que cercou o jogo no Maracanã funcionou bem. A temperatura estava ótima, com uma tarde perfeita de outono. Não houve maiores atropelos no estádio, até comprovando que as duas torcidas não alimentam ressentimentos e fazem justiça ao "Clássico da Amizade". O próprio jogo esteve em um nível acima da média do campeonato, sem ser excepcionalmente brilhante. E até o árbitro - Índio - estava tranquilo e não atrapalhou o primeiro duelo da decisão.

As referências

No Vasco, Madson voltou a ser o jogador importante na velocidade e nas puxadas de ataque. Guiñazu, o batalhador de sempre. Gilberto, mesmo quando não brilha, segura toda uma defesa. E, nas mudanças, Bernardo adicionou um pouco de técnica e Rafael Silva, fôlego e oportunismo. No Botafogo, Arão foi o grande nome e também o da partida. Pimpão fez jogo de extrema dedicação e Marcelo Mattos compensou erros da defesa. Está tudo aberto para a decisão de domingo.

Acima dos mortais

Bayern de Munique e Barcelona deixaram no fim de semana marcas de sua força e ambição. Na Alemanha, o Bayern conquistou o tri com antecipação e agora pode focar apenas na difícil semifinal da Liga dos Campeões. Na Espanha, o Barcelona continua na frente com alguma folga e derrotou o Espanyol com gols dos seus emblemáticos craques - Messi e Neymar. Com o Real, fazem parte de uma santíssima trindade do futebol e pairam acima dos mortais.

Muito fácil

Já se esperava que o Rio de Janeiro conquistasse pela décima vez o título da Superliga. Mas não que fosse tão fácil - 3 a 0, com passeio no primeiro set, jogo cômodo no segundo e equilíbrio apenas no terceiro. Os motivos são simples: o Rio de Janeiro jogou ligado, muito motivado por Fofão e as suas melhores jogadoras, Gabi e principalmente Natália, atuaram muito bem. Enquanto isso, o Osasco sentiu a torcida, a responsabilidade e quase todas sumiram, até mesmo Thaisa.

Grande Fofão

Fofão mereceu todas as homenagens neste domingo por sua bela carreira, pelos incontáveis títulos e pela trajetória de quase 30 anos no vôlei, no qual foi um exemplo de talento e correção profissional. Ela deu força ao time na sua despedida das quadras brasileiras e certamente deixou seguidoras à altura. Gabi, sua companheira de time, com características diferentes, é bela discípula na determinação e profissionalismo. Fofão foi um perfeito símbolo de várias gerações brilhantes.

Você pode gostar