Rio - O Flamengo já passou daquela fase de que o saneamento financeiro pode justificar tudo e que é preciso paciência. Já chegou a hora de se acertar equilíbrio maior antes que a crise no futebol acabe comprometendo o belo esforço administrativo. E, mesmo que não venha reforço, o grupo que aí está teria condições de fazer campanha muito melhor. Vanderlei, com todo o seu prestígio e currículo, não está acertando até porque não se fixa em nenhum esquema tático e escalação. O grupo passa até a impressão de apatia, como se houvesse curto-circuito na relação comando-time. Se não houver mudança rápida, Vanderlei logo cairá e não poderá reclamar de nada com esses resultados. Mas o Flamengo grande e vencedor, capaz de ganhar títulos, só ressurgirá com craques. O time virou uma baba.

PREOCUPANTE
Há muitos anos o baixo nível do futebol do Rio preocupa sem que se reformule nada. Em nove partidas de cariocas até agora, houve uma sofrida vitória do Flu sobre o Joinville. Campanhas pífias de Flu e Vasco, e o Fla no rebaixamento. Faltam 35 rodadas, mas e daí? Se já começam assim... O campeonato não empolga ninguém e na última rodada foram só 15 gols em 10 jogos.
NA ESPERA
Ao reestrear, Enderson Moreira quase não mexeu no Flu na questão tática. A alteração mais significativa foi tirar Wellington Silva e colocar Renato. Houve ainda a volta de Wagner. Sentiu-se no grupo mais motivação e empenho, mas seria isso apenas pela estreia do treinador? Sem mudança essencial, o Flu acabará na mesmice de antes.
SEM ARTILHEIRO
O problema é geral, mas no Botafogo chega a ser escandaloso. Boas jogadas são desperdiçadas porque falta conclusão e Bill, que já é ruim, piora a cada15 minutos. Não fossem apoiadores e zagueiros, os gols não sairiam. E o pior é que Bill se acha o rei da cocada. Reforços são urgentes, mas é preciso priorizar o centroavante, que, em última análise, é um drama do nosso futebol.
DESAFIO FINAL
Belíssima a ideia de convidar Fofão para a comissão técnica da Seleção de vôlei na Olimpíada. Um prêmio merecido a uma carreira maravilhosa de uma jogadora que serve de exemplo e inspiração. Ainda como jogadora, Fofão era uma espécie de líder e conselheira para os treinadores. E vai continuar entre nós por um bom tempo — para alegria geral.