Por pedro.logato

Rio - Com Fla-Flu nem sempre é um primor de técnica e geralmente não precisa ser porque, com raríssimas exceções, é sensacional. Ontem, não foi diferente na vitória de 3 a 2 do Flu. O jogo que valia recuperação para os dois e afirmação dos treinadores, começou meio estranho, com dois esquemas bem diferentes. O Fla, na pressão e velocidade, e o Flu, no toque de bola do meio campo e contra-ataques. O Flu se deu bem logo, no pênalti duvidoso bem aproveitado por Fred.Depois, só domínio do Fla, mas a bola raramente chegava a Alecsandro. Em contra-ataque, o apavorado Pará antecipou-se e fez contra. Era meio injusto com o Fla e, logo depois, Alecsandro diminuiu. Um jogo elétrico e que deixou a torcida em suspense. No começo do segundo tempo, gol relâmpago de Fred em bela jogada de Gerson e logo depois, a expulsão de Giovanni. Então, o Flu recuou, o Fla, já com Cirino, pressionou sem parar e sem objetividade. Mas o talismã Eduardo da Silva entrou no fim, diminuiu na cabeçada e o Fla-Flu incendiou. A vitória, no entanto, foi do time mais objetivo.

Jogadores do Fluminense comemoram com FredUanderson Fernandes

REGULARIDADE

O Botafogo ainda tem muitos defeitos, mas se há algo para elogiar é a regularidade. Tem estilo ofensivo, quase sempre se garante na fase inicial e compensa erros técnicos com forte marcação e determinação. Sábado, contra o Vitória, poderia ter liquidado o jogo no primeiro tempo, mas as conclusões foram ruins. Depois, outra constante: caiu fisicamente na segunda etapa e correu riscos, mas poderia ter ampliado no final quando se reagrupou com a entrada de Diego Jardel.

DE ARÃO A BILL

Dois grandes contrastes no Botafogo: Willian Arão é o grande jogador do time e quase sempre a melhor figura. Domina bem, passa melhor ainda, não reclama, não faz falta e joga bonito. Uma boa surpresa e a melhor contratação do clube. O oposto é Bill, que piora a cada partida. Se esforça e perde gols incríveis. Tenta, mas erra tudo que planeja, não faz gols e a torcida perdeu a paciência. Para garantir a volta à Série A sem sustos está na hora de contratar um centroavante razoável.

CAIU NO HORTO

Já se esperava um jogo muito complicado para o Vasco no Horto, mas não que saísse no intervalo levando de três. A defesa, o ponto forte, falhou, foi envolvida pela velocidade do Atlético-MG e pelas escapadas de Patrick e Luan. Dois novos jogadores foram muito mal: Diguinho, fora de forma, e Riascos, que não viu a cor da bola. Só na fase final o Vasco respirou. Gilberto incomodou, mas o Galo estava tranquilo. Quatro jogos sem vitória no Brasileiro. Cuidado, Vasco!

FÁCIL, FÁCIL

O Barcelona ganhou a Copa do Rei com muita facilidade e não teve no Athletic Bilbao um adversário à altura. O cartão de visitas de Messi no primeiro gol foi de tirar o fôlego e ele não cansa de nos confirmar que veio de outro planeta. Que golaço! Ele fez outras belas jogadas e Neymar e Luisito completaram bem as ações ofensivas. O jogo foi praticamente liquidado na fase inicial. Pena que, depois, o Bilbao apelou para a violência reagindo mal ao talento de Messi e Neymar.

À ESPERA DE VIDA LIMPA NO MUDO DO FUTEBOL

Primeiro foi a surpresa pela velocidade das prisões e da divulgação do escândalo. Depois, a constatação de que o assalto às verbas do futebol eram bem maiores do que se poderia imaginar. E, agora que a poeira vai baixando, vem a pergunta: o que acontecerá? Como as punições são praticamente garantidas na Justiça americana, resta saber se os cartolas, mesmo eventualmente novos, vão mudar o padrão Fifa e trabalhar com ética e mecanismos de transparência. E,na CBF, nunca com Del Nero, filhote desse esquemão. Os clubes brasileiros merecem novos ares.

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