Rio - Não se pode chegar à conclusão definitiva nem endossar o otimismo exagerado em relação à excelente fase do Flu. Mas surpreende a solução de certas questões como pagamento de salários, reativação das divisões de base de Xerém e a TV, com a diretoria dispensando os adiantamentos. Era geral a sensação de que o clube, com a perda da patrocinadora, passaria por fase difícil. Pode até ser ilusório, mas o céu clareou. Os garotos têm jogado com confiança, o grupo recuperou a alegria e existe a liderança de Fred. Há até espaço para se contratar uma referência como Ronaldinho. O Flu, vice-líder do Brasileiro, cria expectativas otimistas. Não se sabe no que vai dar, mas vive momento de seriedade e esperança.
MOMENTO TENSO
O Flamengo faz um jogo perigoso contra o Náutico, em Recife, que, dependendo do resultado, pode decretar a queda de Cristóvão. A volta de Sheik e Guerrero não é garantia de classificação. Pode ser injusto, mas, em 90 minutos, Cristóvão vai selar seu destino na Gávea. Ou tudo começa a mudar ou ele pagará o preço por erros de um time em convulsão.
SENSO MUITO BOM
Já se ouvem, aqui e ali, críticas ao Bom Senso FC por foco errado, ambições políticas ou excesso de concessões. Mas, em pouco tempo, ele movimentou a política do futebol, acelerou mudanças na legislação e ajudou o esporte, cortando as asas dos cartolas. Não será da noite para o dia que haverá uma verdadeira revolução.
MOTIM A BORDO
A nau vascaína vive dias tumultuados dentro e fora do mar — ou do campo. Dentro, derrotas, vexames e zona de rebaixamento. Fora, contratações frustradas, declarações absurdas e cisão no comando do futebol envolvendo Euriquinho, filho do chefão. Não se sabe onde isso vai terminar, mas, qualquer que seja o epílogo, o derrotado poderá ser o Vasco.
DE PATO A GANSO
Quando se muda o papo de pato para ganso, o futebol perde porque Ganso, ex-rival de Neymar, sumiu na poeira e hoje sobrevive só pela habilidade — com hostilidade descabida contra técnicos. Pato nada em boa fase, com belos gols, mas se diz que isso sempre rola no fim do contrato. Será? Pato prometeu mais que entregou.