Por pedro.logato

Rio - Até que não deixou de ser uma certa surpresa essa saída de René Simões, embora já se soubesse que o vice de futebol do Botafogo, Antonio Mantuano, fazia sérias restrições ao seu trabalho e o supervisor Antonio Lopes já não mantinha relações ideais com o treinador. René fez, de uma forma geral, bom trabalho no clube, começando do zero, em uma situação falimentar, organizando um novo departamento e contratando um novo time. Mas a coisa vinha se desgastando e, desde a saída de Marcelo Mattos, a equipe caiu de produção, a defesa ficou muito exposta e dois resultados foram catastróficos: o empate com o Boa em casa e a goleada para o Macaé. O novo técnico não poderá ser caro porque o clube não tem recursos.Quem quer que venha vai enfrentar uma situação delicada e incerta.

René Simões foi demitido com a derrota na Copa do BrasilDivulgação

DEU TUDO ERRADO

O Botafogo já tinha uma tradição de derrotas para o Figueirense, não conseguiu transformar o seu domínio inicial em gols, o melhor jogador, Elvis, saiu lesionado e, na fase final, depois de perder uma grande chance, levou o golpe de misericórdia no último lance, em gol de letra. O time foi castigado pela incompetência, pela falta de capacidade decisória e pelo fatalismo.

DE PIRES NA MÃO

Além do aspecto moral, a eliminação do Botafogo traz prejuízos financeiros — de cara, R$ 700 mil por não ir às oitavas da Copa do Brasil. Mas o que preocupa mais é a possibilidade de continuar na Série B ou, mesmo se voltar à A, como formar time competitivo? O clube sofre as consequências do furacão que destruiu tudo na gestão anterior.

ZANETTI DE NOVO

Dificilmente outro atleta viverá momento tão intenso neste Pan quanto Arthur Zanetti, com a sua tríplice coroa e mais um título nas argolas de forma incontestável e brilhante. Pena que, apesar dos progressos do Brasil, ele continue como um desses fenômenos isolados que nos alegram, mas não escondem as carências do conjunto. Ainda assim, judô e natação evoluem.

APOIOS NO FLA E FLU

Fla e Flu vivem situações distintas, mas com pontos semelhantes. Vejam só: na Gávea, os jogadores fazem juras de amor a Cristóvão Borges e prometem lhe dar uma força, mas todos sabem que eles precisam é ganhar em campo. E, no Flu, os garotos garantem que vão apoiar Ronaldinho, mas, se ele for à farra e não correr, alguém acredita?

Você pode gostar