Por jessica.rocha

Espanha - As autoridades do Gabão negaram nesta terça-feira a informação que o país pagou "qualquer soma de dinheiro" ao jogador argentino Lionel Messi para inaugurar, ao lado do presidente Ali Bongo, a pedra fundamental de um estádio que será uma das sedes da Copa Africana de Nações em 2017.

O desmentido, divulgado pela embaixada do Gabão na França, responde a uma informação da publicação africana "Mondafrique" e da revista francesa "France Football" que afirmam que Messi embolsou 3,5 milhões de euros por sua viagem relâmpago ao país africano.

"A República do Gabão desmente firmemente ter transferido ou ter prometido transferir qualquer soma de dinheiro ao jogador argentino Lionel Messi", que esteve "no Gabão nos dias 17 e 18 de julho de 2015" a convite de Bongo, segundo a diplomacia gabonesa em comunicado. Ali Bongo sucedeu na presidência do país seu pai Omar Bongo, que ocupou o cargo de 1967 até sua morte em 2009.

Lionel Messi inaugurou ao lado do presidente Ali Bongo a pedra fundamental de um estádio que será uma das sedes da Copa Africana de Nações em 2017Reuters

Ao lado de Deco, seu ex-companheiro de Barcelona, o craque argentino acompanhou ao chefe do Estado a Port-Gentil para a inauguração da pedra fundamental do futuro estádio dessa cidade para a Copa Africana de Nações de 2017. Em seguida, passeou em um automóvel conversível pela capital gabonesa ao lado de Bongo.

"No Gabão, onde grande parte da população não se beneficia dos recursos do petróleo, a oposição denuncia cada vez mais a política de distração ou de 'circo'", publicou a "France Football".

Além disso, a publicação acrescentou que, por trás da viagem de Messi, está seu ex-companheiro Samuel Eto'o, que é próximo a Bongo.

"Promotor oficial de Bongo, o camaronês já fez o papel de 'operador turístico' trazendo Xavi e Víctor Valdés a Liberville, em maio de 2012, para a inauguração de sua fundação destinada aos 'novos talentos'", acrescentou a revista francesa.

A "France Football" lembrou que a oposição gabonesa fez duras críticas aos gastos do governo, que utilizou cerca de 2 milhões de euros de recursos públicos para custear jogos amistosos de Brasil e Portugal no país, assim como "vários milhões de dólares" para receber a visita de Pelé.

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