Por pedro.logato

Rio - O comediante inglês Simon Brodkin é conhecido por intervenções bizarras que constrangem figuras públicas e expõem alguns absurdos. Cirúrgico, ele não desperdiça munição. Como se viu pela reação de Blatter, nervoso e perdido no meio do palco. Brodkin sabia o que fazia ao jogar cédulas falsas de dinheiro em cima de Blatter e avisar que era a propina para o Mundial na Coreia do Norte em 2026. Fina ironia — se bem que se o escândalo não tivesse explodido, não seria nada impossível que essa bizarra sede fosse a escolhida. Blatter não tem mais condições para continuar e espera-se que até fevereiro surja candidatura viável. Enquanto isso, procura-se por Del Nero. Será que ainda tem cargo na Fifa? Uma coisa é certa: ele quer distância do seu antigo comparsa José Maria Marin.

Blatter recebeu chuva de cédulas falsasEfe

TOP 10

O objetivo do COB é que, na Olimpíada do Rio, o Brasil dê grande salto de qualidade e figure entre as dez maiores potências do esporte no planeta. Missão quase impossível porque, mesmo com os avanços e o maior investimento, isso é pouco provável. Talvez um top 15 seja possível. Ainda assim, não se pode mirar só em 2016 e, sim, em um projeto a longo prazo com boa estrutura.

BOM EMBALO

Mesmo desfalcado, o Vasco tem tudo para voltar de Natal classificado às oitavas da Copa do Brasil. Não só pelos 3 a 1 do jogo de ida com o América-RN, mas porque o time dá sinais de avanço depois que Celso Roth reestruturou o sistema defensivo, acertou na recolocação de Anderson Salles e reforçou o ataque, embora Dagoberto ainda esteja devendo.

O FATOR OSVALDO

A torcida tricolor espera com otimismo a estreia de Ronaldinho Gaúcho, mas pode contar com boa temporada de Osvaldo, atacante que já brilhou no Nordeste e teve excelente fase no São Paulo — enquanto não bateu de frente com Luis Fabiano. É um jogador oportunista, que sabe fazer gols, muito técnico na troca de passes e em servir os companheiros. Pode emplacar.

FATIA PEQUENA

O Botafogo, como vários grandes clubes, se preocupa com a divisão das cotas das TVs e dos patrocinadores. Há perversa tendência, que já ocorre em Portugal, Espanha e França (menos na Alemanha e Inglaterra) de se privilegiar de dois a quatro clubes com grandes cotas e isolar outros. Isso será péssimo para o futebol brasileiro. Na Série B, a morte.

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