Por jessica.rocha

Suíça - A Justiça dos EUA negocia a cobrança do equivalente a R$ 38 milhões para que o ex-presidente da CBF José Maria Marin, 83 anos, troque o regime fechado pela prisão domiciliar. A informação é do jornal ‘O Estado de S. Paulo’. Marin está preso desde 27 de maio na Suíça, mas a expectativa é que seja extraditado nos próximos dias para os EUA, país responsável pelas investigações que levaram à detenção de sete dirigentes da Fifa.

José Maria Marin está preso desde maioEfe

A multa seria de R$ 28 milhões em dinheiro, mais o confisco de um apartamento de Marin em Nova York, avaliado em R$ 10 milhões. Se confirmada a extradição, o ex-presidente da CBF teria o direito de recorrer, mas a tendência é que seus advogados aceitem a decisão — um recurso aumentaria o tempo que permaneceria preso em Zurique.

O objetivo das autoridades americanas é que Marin tenha uma função semelhante à de José Hawilla (dono da Traffic), que pagou multa de US$ 151 milhões (R$ 600 milhões) e aceitou a delação premiada. Em troca, Hawilla evitou ser preso e ganhou liberdade assistida nos EUA.

DEL NERO NÃO VIAJA

Tomando como base os depoimentos de Hawilla, a Justiça americana investigou esquemas ilegais em contratos de direitos de televisionamento de torneios nas Américas.

A expectativa da defesa é que Marin fique no máximo algumas semanas em regime fechado, conquistando, depois, o direito à prisão domiciliar e, aos poucos, o de sair da residência e andar pela cidade.

Atual presidente da CBF, Marco Polo del Nero não compareceu à reunião que deveria comandar na Fifa, na condição de presidente do Comitê de Futebol Olímpico. O encontro, para definir o torneio de futebol na Rio-2016, acabou sendo liderado pela dirigente Lydia Nsekera, do Burundi, vice do comitê. Desde o escândalo da Fifa, em maio, Del Nero não saiu mais do Brasil.

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