Por renata.amaral

Suíça - O suíço Joseph Blatter garantiu em comunicado divulgado nesta segunda-feira que não tem intenção de deixar a presidência da Fifa, e que não cometeu nenhuma irregularidade no exercício do cargo. O texto é assinado pelos advogados do dirigente, que está sendo investigado pela promotoria suíça por causa da suspeita de gestão desleal e abuso de confiança.

"O presidente Blatter falou hoje com o staff da Fifa e informou que está cooperando com as autoridades. Ele reiterou que não fez nada ilegal, nem impróprio, garantindo que seguirá como presidente da Fifa", aponta o comunicado.

Joseph Blatter continuará no cargo de presidente da FifaEfe

O documento ainda cita o francês Michel Platini, presidente da Uefa, também investigado pela promotoria suíça. No texto, Blatter elogia o candidato a sucedê-lo, garantindo o "valioso trabalho" feito como assessor da presidência em 1998.

Segundo os advogados do mandatário da Fifa, os pagamentos feitos ao ex-jogador francês, que estão sob investigação, foram em caráter de remuneração. O comunicado ainda garante que Joseph Blatter não concederá entrevistas enquanto acontece o procedimento da promotoria suíça.

Nesta segunda-feira, o dirigente retomou as atividades na federação internacional, três dias depois do anúncio da abertura da investigação e da operação de busca e apreensão em seu escritório.

Blatter é acusado de ter assinado um contrato contrário aos interesses da entidade máxima do futebol com a União Caribenha de Futebol, presidida na época por Jack Warner, ex-vice-presidente da Fifa e colaborador próximo do dirigente suíço.

Em comunicado, a Procuradoria-Geral afirmou que considera que Blatter prejudicou a entidade ao assinar o contrato, especialmente a Fifa Marketing & TV, ato que, segundo a Justiça suíça, representaria "uma violação de seus deveres de gestão".

Por outro lado, a Procuradoria indica que Blatter efetuou um "pagamento desleal" de 2 milhões de francos (cerca de 2 milhões de euros no câmbio atual) ao presidente da Uefa, Michel Platini, "em prejuízo da Fifa".

Você pode gostar