Por pedro.logato

Chile - Dunga já apanhou muito na carreira. Bambeou com as críticas na Copa de 1990, mas se reergueu quatro anos depois com a conquista do tetracampeonato. Como treinador conseguiu números fantásticos com a seleção brasileira, mas a derrota para a Holanda, no Mundial de 2010, o nocauteou do cargo. Como uma fênix, retornou ao comando técnico do Brasil e não quer dar chances de ser derrubado no ringue das Eliminatórias da Copa do Mundo que começam hoje, às 20h30 (horário de Brasília), contra o Chile, em Santiago.

“O futebol moderno tem nos demonstrado, para o bem do futebol, que só se defender não dá certo. Hoje, com a qualidade dos atacantes, dos chutes de média e longa distância, temos que atacar como faz um pugilista. Se ele ficar só se defendendo, uma hora vão acertá-lo. É o equilíbrio entre defesa e ataque”, afirmou Dunga.

Dunga espera uma seleção brasileira equilibrada em SantiagoLeo Correa / MoWA Press / Divulgação

Sem Neymar, suspenso pela expulsão contra a Colômbia na Copa América, Dunga busca um golpe para derrubar um adversário que vem nocauteando nos últimos 15 anos, tempo que o Brasil não perde para o Chile. Para a seleção voltar a ser um time que passa por cima dos seus adversários, Dunga tem apenas uma receita:

“Só com vitórias. O Zagallo ganhou tudo e, a cada vez que ia para a Seleção, havia desconfiança. Parreira também, Feola... Temos o costume de ver o lado negativo. Em 1970 havia desconfiança com aquele time! Então não há outra forma, só trabalhar e ganhar. Não há como escapar”.

O capitão Miranda vê de forma um pouco diferente e valoriza não só o nocaute como a vitória por pontos, mas que só vem no fim de 18 partidas, quando apenas quatro garantem vaga para o Mundial da Rússia.

“Temos que vencer e somar pontos. Será uma das Eliminatórias mais disputadas. O Chile jogará em casa, é o atual campeão da Copa América, vive um bom momento. Temos que respeitar, mas o Brasil tem sempre a obrigação de vencer. Queremos seis pontos desses dois primeiros jogos. Temos isso na cabeça. Levando em consideração a qualidade do primeiro adversário e a dificuldade da competição, é importante pontuar fora. Se não der para vencer, o empate é um bom resultado nesse começo”, disse o zagueiro brasileiro.

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