Por pedro.logato
Uruguai - O ex-presidente da Conmebol Eugenio Figueredo está disposto a colaborar com a Justiça nos casos de corrupção ocorridos durante sua gestão na entidade, disse nesta quinta-feira a advogada do dirigente após o depoimento prestado por seu cliente no Tribunal de Crimes Organizados de Montevidéu.
"Ele está disposto a colaborar com a Justiça com o que sabe no que tem relação com a Conmebol", afirmou a advogada Karen Pintos.
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Figueredo chegou à capital do Uruguai vindo de Madri para ser ouvido pela juíza Adriana dos Santos e pelo promotor Juan Gómez sobre as acusações de fraude e lavagem de dinheiro.
Ex-presidente da Conmebol Eugenio Figueredo foi extraditadoDivulgação

A defesa pediu que o ex-dirigente seja considerado como um "colaborador judicial", um papel previsto no Código Penal do Uruguai, mas ainda não houve resposta à solicitação.

A advogada de Figueredo disse que seu cliente está "muito preocupado" com as ameaças recebidas por sua mulher em um centro comercial de Montevidéu. Segundo Karen, a esposa do ex-dirigente teria sido pressionada para que ele não colabore com a Justiça.
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O chamado "Caso Conmebol" investiga uma denúncia do final de 2013, quando várias equipes de futebol do Uruguai e a Associação de Jogadores do país acusaram a existência de uma "organização criminosa" dentro da entidade. Os dirigentes estariam desviando o dinheiro que deveria ser destinado aos clubes, aos jogadores e também à própria Conmebol.
Entre os envolvidos está Figueredo, que também foi vice-presidente da Fifa entre 2014 e 2015.
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A Justiça dos Estados Unidos abriu em maio uma investigação por fraude e lavagem de dinheiro contra os dirigentes da Fifa, entre eles Figueredo, preso na Suíça desde então. O Uruguai pediu a extradição do ex-presidente da Conmebol em outubro, solicitação atendida pela Suíça para que ele seja julgado em seu país.