“Nos doze anos em que joguei vôlei de praia nunca fiquei sem patrocínio, graças a Deus. Lembro que o Ary Graça (ex-presidente da Confederação Brasileira de Vôlei) me disse que eu era diferente e podia ir para a CBV para aprender um pouco, pois levava jeito. Tenho essa veia empreendedora”, diz Adriana, que, ao longo da carreira de atleta deixou três faculdades pelo caminho: Letras, Psicologia e Educação Física.
“Mas terminei o curso de gestão em marketing esportivo na Fundação Getúlio Vargas. Sempre tive uma atração por esta área. Acho interessante fazer o que fazia para mim, montar projetos, fazer uma apresentação comercial. Sempre achei incrível o mundo empresarial”, revela, sem esconder o entusiasmo.
“Faço a parte toda de consultoria junto com a empresa,montamos o time, definimos critérios, formatos. Depois cuido dos contratos e da uniformização, como entra a marca. Por fim vem o acompanhamento. Estou sempre de olho se o atleta está jogando, se está sempre usando o uniforme, o boné, se vai aos programas. Faço essa fase que é a mais delicada”, explica Adriana, que há seis anos conta com o apoio de uma equipe pontual.
Mas nem tudo é um mar de rosas. “Às vezes, temos problemas por eles não exibirem a marca. Chamo a atenção, mas sempre com muito cuidado para falar com o atleta, pois tem a questão da vaidade, do ego. É um trabalho muito profissional e bacana”, revela, orgulhosa.
“Foi lindo, inesperado, me tocou. No bilhete, elas falaram que se inspiram um pouco em mim como mulher, ser humano e atleta. É o meu trabalho. Mas a gente coloca tanta dedicação e paixão no que faz que acaba passando para os atletas”, revelou Adriana.
As relações, porém, nem sempre começam bem. “Algumas começaram de forma desconfiada. Neste universo de agentes, acontece muita coisa que não é legal. O próprio Isaquias recebeu meu telefonema meio seco e desconfiado. Hoje temos uma relação superbacana, com confiança. Credibilidade é fundamental. Ninguém compra na farmácia ou no supermercado”, garante Adriana.