"Tem que ser assim, sempre. A rivalidade no futebol sempre existiu, mas tem que ficar no campo. Aqui, tenho companheiros do Vasco, do Fluminense e do Botafogo, que são meus adversários, mas todos juntos defenderemos uma só camisa. Uma hora ou outra, pode ter uma entrada mais ríspida, mas isso nunca pode passar para a arquibancada", disse o volante do Flamengo, que vê no jogo de hoje o primeiro passo para estar na Copa do Mundo da Rússia no ano que vem.
Jogo da amizade vira chance de ouro na seleção brasileira
Tite mantém esquema e escala o que tem de melhor para encarar a Colômbia no amistoso no Engenhão
Rio - As lágrimas derramadas pelo acidente com o avião da Chapecoense, em Medellín, que matou 71 pessoas, regam sementes de esperança. O amistoso entre Brasil e Colômbia, nesta quarta-feira, às 21h45, no Engenhão, pode representar o florescer de uma nova cultura, na qual a rivalidade jamais se sobreporá às relações humanas. E também o início da colheita dos frutos do trabalho de alguns jogadores como Willian Arão, estreante com a camisa amarela e único dos times do Rio escalado por Tite entre os titulares, no treino da última terça-feira.
"Infelizmente, o acidente foge do nosso controle. Oro todo dia a Deus para que conforte as famílias das vítimas. Surgiu a oportunidade de defender a Seleção. Vou fazer o meu melhor e aproveitar ao máximo, em busca de estar na Copa em 2018", emendou.
Publicidade
O sentimento de solidariedade do povo colombiano, que tocou o coração dos brasileiros, torna o terreno do futebol sul-americano fértil à paz nos estádios. Acostumados ao clima de guerra que brota a cada confronto entre rivais do continente, os jogadores terão um difícil teste de comportamento nesta noite.
"Brasil e Colômbia sempre foi um jogo pegado. Mas depois do que aconteceu, das homenagens que fizeram, isso mudou. Será um amistoso mesmo. Claro que, quando a bola rola, a gente esquece de tudo. Não sei dizer qual será a minha reação em campo. Só na hora mesmo", afirmou o zagueiro Geromel, do Grêmio.
Publicidade
A reedição da dupla Robinho e Diego deve ficar para o segundo tempo. Inseparáveis na época do Santos, eles deixaram juntos o vestiário. O sorriso faz parte do uniforme dos dois. O meia rubro-negro, que não esperava voltar tão rápido à Seleção, era só alegria: "Jogar na Seleção é sempre especial. Com o Robinho, mais ainda, mas o importante é vencer".