Por gabriel.santos

Rio - Há 20 anos, Marcelo Noberto, de 47, mantém por iniciativa própria uma escolinha de futebol que atende cerca de 400 crianças em Realengo. No próximo domingo, seu trabalho ganhará um reforço de peso: a chancela do jogador Léo Moura, que resolveu abraçar ação com o apoio institucional da Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude (Seelje). O jogador, que já tem a expertise dos núcleos da Escolinha de Futebol e Cidadania Léo Moura, implantada pela Seelje, através da Lei Pelé, vai colaborar doando bolas e uniformes.

Escolinha em Realengo contará com apoio do jogador Léo MouraDivulgação

Com a ajuda do craque, a expectativa agora é que projeto passe a beneficiar até 700 crianças e jovens de 4 a 17 anos. A cerimônia de inauguração, marcada para às 14h, acontecerá na Praça da Cohab e contará com a presença do próprio jogador e do secretário Thiago Pampolha. Para o político, essa é mais uma prova de que esporte pode e deve ser utilizado como ferramenta de inclusão social em todo o estado do Rio. 

"O projeto de escolinhas Léo Moura é muito bacana porque, além de ter uma preocupação com a formação da criança e do jovem enquanto cidadão, transmitindo valores, é uma grande oportunidade para revelar talentos", argumenta o Pampolha.

Morador de Realengo há 46 anos, Noberto, que sempre gostou de montar times de futebol, percebeu que poderia fazer mais pela comunidade onde vive. Ali, nasceu o projeto social voltado para crianças e jovens moradores da Cohab. Agora, com a parceria das escolinhas Léo Moura, o idealizador da iniciativa prevê um aumento de alunos.

"Com a chegada deste apoio, como bolas e uniformes, tenho certeza de que nossa média de atendimento, que é de 400 alunos, vai aumentar. Além da qualidade do material, temos a marca do Léo Moura, que é uma referência para as crianças", comemora Norberto.

Segundo ele, nesses 20 anos de atuação o objetivo sempre foi tentar afastar jovens e adolescentes da criminalidade. Suas equipes, inclusive, já participaram de campeonatos como, por exemplo, a Taça das Favelas. Na última edição, ficaram entre os cinco primeiros colocados entre 64 competidores. Além da parte esportiva, Norberto também faz um acompanhamento educacional para observar o desempenho escolar dos integrantes do projeto.

"É fundamental que todos estejam estudando. Daqui, já saíram meninos para divisões de base de alguns clubes do Rio de Janeiro, como o Boa Vista e Nova Iguaçu", revelou.

O objetivo principal do projeto da Escolinha de Futebol e Cidadania Léo Moura é incentivar a prática da modalidade em áreas carentes. As inscrições dos alunos podem ser feitas no próprio local, com um dos professores. Os interessados devem preencher a ficha de inscrição e apresentar um comprovante de escolaridade e um atestado médico que os habilite para a prática esportiva.

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