Por bferreira

EUA - A seleção dos jurados para o julgamento do 'Fifagate' em Nova York foi marcada nesta terça-feira por um cartaz de manifestantes brasileiros pedindo a prisão dos envolvidos, o que motivou uma reação da juíza encarregada do caso.

"EUA, nos ajude a prender os brasileiros corruptos do nosso futebol. Prisão para eles!" - dizia o cartaz em inglês.

Marin está sendo julgado nos EUAReuters

A maioria dos vinte potenciais jurados entrevistados pela juíza Pamela Chen admitiu ter visto o cartaz, que dois manifestantes brasileiros exibem desde a segunda-feira diante do tribunal.

O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol José Maria Marin, 85 anos, é um dos acusados de receber subornos milionários em troca de contratos de TV e marketing das partidas da seleção nacional para a Copa do Mundo e torneios regionais.

Segundo uma potencial jurada, os manifestantes "me disseram que é um julgamento muito importante, que nos Estados Unidos não chama a atenção de ninguém, mas internacionalmente é enorme".

O advogado Charles Spillman, que representa Marin, mostrou uma foto do cartaz à juíza e informou que os manifestantes tentaram "provocá-lo". "Tentei conversar com eles educadamente mas não tive sucesso".

A juíza Chen disse que não pode cercear a liberdade de expressão, mas prometeu afastar os manifestantes brasileiros da entrada do tribunal e impedir que se aproximem dos jurados.

Marin será julgado com o paraguaio Juan Ángel Napout, ex-presidente da Conmebol e ex-vice-presidente da Fifa, de 59 anos, e o ex-chefe do futebol peruano e ex-integrante do comitê de desenvolvimento da Fifa Manuel Burga, 60.

Os três estão em prisão domiciliar após pagar fianças de até 20 milhões de dólares após sua extradição para os Estados Unidos.

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