"Este governo está colocando a participação da Espanha na Copa do Mundo em risco", declarou o dirigente de 67 anos. "O risco é sério. E o único responsável pela ausência da Espanha no Mundial será o governo espanhol", afirmou Villar, em sua primeira entrevista coletiva após ser libertado.
Acusado de corrupção, dirigente diz que Espanha pode ficar fora da Copa de 2018
Ele foi suspenso no mês de julho, uma semana após sua prisão, pelo Conselho Superior de Esporte
Espanha - Presidente afastado da Federação de Futebol da Espanha, Ángel Maria Villar afirmou nesta segunda-feira que o país corre o risco de ser excluído da Copa do Mundo de 2018 por causa da intervenção do governo espanhol na entidade esportiva. Villar é um dos principais cartolas do mundo a ser acusado de corrupção, entre outros crimes, no escândalo da Fifa.
Ele foi liberado da prisão sob o pagamento de fiança. Villar fora preso em julho deste ano, na companhia de outros três dirigentes, todos investigados sob acusação de gestão inapropriada, desvio de fundos, corrupção e falsificação de documentos. Um destes cartolas é o próprio filho de Ángel Maria, Gorka Villar.
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Ángel Maria Villar fez as declarações em referência a uma manifestação da Fifa, há três dias, sobre a suspensão que o governo espanhol impôs sobre ele, impedindo-o de seguir na presidência da Federação de Futebol da Espanha. Sem fazer menção a uma possível exclusão da Copa, a entidade máxima do futebol dissera que analisaria a situação.
Villar foi suspenso no mês de julho, uma semana após sua prisão, pelo Conselho Superior de Esporte, a principal autoridade esportiva da Espanha. A entidade suspendeu Villar por um ano para aguardar o resultado da investigação que balançou o futebol espanhol. Os documentos do tribunal indicam que, além dos fundos desviados, Villar supostamente corrompeu várias federações regionais, oferecendo favores em troca de votos.
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Para o cartola, esta suspensão pode configurar intervenção do governo na federação de futebol, o que é vetado pela Fifa. Se a entidade máxima reprovar a ação, poderia excluir a Espanha dos seus torneios, caso da Copa do Mundo, e poderia tirar os clubes espanhóis das principais competições europeias, como a Liga dos Campeões.
Ao ser suspenso da federação, Villar teve encerrada uma sequência de quase 30 anos na presidência. Ao mesmo tempo que era o principal dirigente esportivo do futebol espanhol, ele também ocupou o cargo de vice-presidente da própria Fifa e da Uefa.
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