Rio - A primeira final no Maracanã promete ser inesquecível para Sornoza e Leo Valencia. O sonho de brilhar no país do futebol fez o camisa 10 do Fluminense cruzar a linha do Equador. Motivação compartilhada pelo chileno que assumiu o desafio de reger o meio de campo alvinegro. Com sotaque espanhol, os apoiadores são a esperança para ditar o ritmo do Fluminense de Abel Braga e do Botafogo de Alberto Valentim na disputa do título da Taça Rio, neste domingo, às 16h, no principal palco do Brasil.
Acostumado a exportar remessas de craques e promessas para o futebol do exterior, os clubes brasileiros se voltaram nos últimos anos para o mercado sul-americano. Com pouco mais de um ano no país, Sornoza busca a afirmação após se recuperar de grave fratura no tornozelo esquerdo. A saída de Gustavo Scarpa aumentou a responsabilidade e a visibilidade do equatoriano em 2018.
"Ano passado iniciei muito bem. Este ano foi o contrário. Depois da lesão não consegui ser o mesmo de quando cheguei ao Fluminense. Mas graças à confiança do professor (Abel Braga) e dos meus companheiros, as coisas têm ido por um bom caminho e espero novamente ajudar o Fluminense", disse Sornoza, em sua última entrevista.
Leo Valencia conhece bem os altos e baixos da profissão. Principal reforço do Botafogo em 2017, o apoiador chegou com a missão de substituir Montillo. A demora na adaptação rendeu poucas chances sob o comando de Jair Ventura. A troca de técnico criou uma nova perspectiva e o camisa 10 vive um momento de evolução com o treinador Alberto Valentim.
"Leo se cobra muito. Tem aquela raça, vontade de vencer. Vinha se cobrando muito, não sei se atrapalhava, é dele. Foi muito bom para ele", disse Marcinho, após o primeiro gol do chileno pelo Glorioso na vitória de 2 a 1 sobre o Nova Iguaçu, pela Taça Guanabara.
SEM PODER INVESTIR
Fora da Libertadores e com menor poder de investimento que os arquirrivais Flamengo e Vasco, Fluminense e Botafogo mostraram em comum raça e aplicação para superar os concorrentes. Na final da Taça Rio, vontade não faltará no Maracanã.
"Não tem favorito. Pode haver alguém em momento melhor. É dentro de campo que se resolve. Temos de entrar concentrados, será difícil", disse Gum.
Sem levantar a taça de um turno do Carioca desde 2015, quando foi campeão da Taça Guanabara, o Glorioso tem na própria gana o combustível para acabar com o jejum e chegar fortalecido na semifinal do Estadual. "Não estamos jogando simplesmente para ter uma vantagem na semifinal do Carioca, mas, sim, pelo título. Será bom para o clube, valorização, parte financeira", destacou o goleiro Jefferson, de volta ao time.
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