São Paulo - A jornalista Kelly Costa, da RBS TV, afiliada da Rede Globo, esteve no programa 'Altas Horas' deste sábado. Há uma semana, ela foi ofendida de maneira sexista por um torcedor enquanto trabalhava na partida entre São José e Brasil de Pelotas. No programa, Kelly falou sobre como a discriminação é constante não só no futebol, mas não sociedade como um todo. Além disso, a repórter ressaltou que "não é a primeira e nem será a última" mulher a sofrer assédio.
"Eu não sou a única vítima, não sou a primeira e nem vou ser a última, mas realmente esses dois episódios foram bem fortes, bem marcantes e repercutiram muito", disse Kelly ao fazer referência a outro episódio machista, esse com o técnico Guto Ferreira.
"A gente não ouve (ofensas) só nos estádios. A sociedade tem essa coisa enraizada do machismo, a gente escuta às vezes dentro de casa, nas redações, dos nossos próprios colegas", ressaltou a jornalista.
"Isso está enraizado, então acredito que hoje é uma coisa que a gente tem que desconstruir. O preconceito, de uma maneira geral, mas como a gente está falando do preconceito de gênero, é uma coisa que precisamos desconstruir para ontem e simplesmente a gente resolveu dizer que 'chega, basta'. Acho que essa organização, essa união de mulheres da imprensa marca a imprensa feminina, mas também para o jornalismo, porque é um movimento muito organizado", opinou Kelly.
