Neto falou do problema que teve com Felipão Reprodução Esporte Interativo
Por O Dia
Publicado 05/05/2018 13:17 | Atualizado 05/05/2018 14:07

São Paulo - Treinador campeão com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2002, e também comandante na vergonhosa derrota por 7 a 1 para a Alemanha no último Mundial, Luiz Felipe Scolari foi o convidado do programa "No Ar com André Henning", no Esporte Interativo, desta sexta-feira. Além de abordar diversos momentos de sua vitoriosa carreira, Felipão revelou guardar uma grande mágoa de Galvão Bueno, narrador da Rede Globo.

O técnico do penta afirmou que se recusa a conversar com o narrador, por achar injusta a avaliação dele no fatídico jogo que eliminou o Brasil da última Copa. Felipão também foi além e criticou a postura de Galvão, dizendo que ele se acha "o todo poderoso".

"Teve um colega teu, de TV, que passou dez minutos depois do jogo apontando pra mim. Hoje eu não falo para esse senhor, no caso, o Galvão Bueno. Enquanto ele achar que é o todo poderoso, um deus, e que pode fazer aquilo que fez comigo, me jogando contra a torcida...Eu fico aqui. Cada um na sua. Eu não devo nada, cada um faz o seu trabalho e segue sua vida", disse o ex-técnico da Seleção.

Ao comentar o 7 a 1, Scolari mais uma vez defendeu a equipe que colocou em campo para enfrentar os alemães, no Mineirão, em Belo Horizonte. "Naquele dia, nada deu certo. Nem pra mim, nem pra eles. Tem muitos jogadores daquele grupo que estão aí hoje. Nós tivemos erros naquele jogo que não errávamos nem em treino", disse.

"Hoje, se tu ver o Kross chutar de fora da área de pé esquerdo, ele não vai fazer o gol em ninguém. Naquele dia, foram três gols em seis minutos. Quando caiu a ficha, a coisa já estava feia", completou.

Felipão também revelou que José Maria Marin, então presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), insistiu para que o treinador seguisse no cargo após a Copa do Mundo no Brasil, mas negou a proposta. "Antes do jogo contra a Holanda (disputa pelo terceiro lugar), o Marin disse: 'Felipe, o que aconteceu foi um desastre. Tu vai ficar? Tu queres ficar?’. Eu disse que não valia a pena continuar nessa situação", contou.

 

Sem clube desde o ano passado, quando deixou o comando do Guangzhou Evergrande, de China, após a conquista de seis títulos nacionais e uma Liga dos Campeões asiática, Scolari revelou ter sido procurado pelo Atlético-MG no início deste ano. Porém, o treinador conta que havia decidido se afastar do futebol quando foi contactado, mas não descarta novas conversas.

"Atlético Mineiro me procurou. Nós conversamos uma situação dois meses atrás, mas eu disse que, antes de abril, eu não ia conversar nada. Mais tarde chegamos a conversar, mas o menino (Thiago Larghi) está trabalhando. Quem sabe no futuro, se eu ficar no Brasil e se eles quiserem, eu posso conversar de novo", comentou o treinador.

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