Rio - Paolo Guerrero ainda pode alimentar alguma esperança de defender a seleção peruana na Rússia. Carlos Gonzales, membro do Comitê Executivo da Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol (FIFPro), confirmou a possibilidade em entrevista ao canal RPP, do Peru.

Gonzales ainda aproveitou a oportunidade para criticar a Agência Mundial Antidoping (WADA) pela punição aplicada ao jogador e para aconselhá-lo.

"Os códigos da Wada afirmam que os jogadores são culpados pelo simples fato do exame encontrar uma substância proibida. Ela não está interessada nas condições em que a contaminação ocorreu", disse. 

"Eu o aconselharia a entrar com uma ação judicial perante os tribunais comuns e pedir uma medida cautelar para que a sanção não seja aplicada até que a decisão do tribunal seja final", completou.

O dirigente da FIFPro afirmou que a entidade está buscando de todas as formas fazer com que Guerrero jogue o Mundial, na Rússia.

"Estamos muito envolvidos no caso de Paolo Guerrero. Vamos usar o caso dele como um exemplo de como nossos direitos são violados. Entendo que a defesa da FIFA foi bastante frágil, eles não defenderam o motivo da redução da pena. Isso afetou a decisão e colocou uma pena maior", comentou acerca do último julgamento do atacante, em que a pena aumentou em 8 meses.

A defesa do peruano estuda um recurso no Tribunal Federal Suíço, a fim de anular a decisão do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS). Em caso negativo, o Peru ficará sem o seu camisa 9 da Seleção. Os advogados do jogador só aguardam a divulgação da fundamentação da pena aplicada, para decidirem a viabilidade de dar o próximo passo, onde tal estratégia funcionou poucas vezes anteriormente.