O ex-líder do ranking acredita que o investimento na formação de base deve gerar uma geração de bons tenistas no futuro. "Os jogadores precisam ser melhores? Sim, óbvio, mas os treinadores também. Não tem ninguém para ensinar, poucas crianças permanecendo nas aulas. Mas existem ajustes que estão contribuindo bastante."
Estes "ajustes" estão sendo liderados, segundo Guga, pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e por seus próprios projetos. O de maior atenção no momento é o Time Guga, revelado pelo Estado no mês passado. Com a iniciativa, o ex-tenista está formando uma equipe de jovens talentos para dar apoio no circuito, principalmente na transição do juvenil para o profissional. A expectativa dele é formar um "Batalhão Brasileiro" no futuro, a exemplo da famosa "Armada Espanhola", como ele havia comentado com a reportagem anteriormente.
"Temos uma safra que é especial, garotos com ranking excelentes, boas pretensões. Precisamos quebrar este estigma do juvenil que não consegue se tornar profissional. Temos que ter um grupo de 20, 30 jogadores de bom nível. Vamos criar sustentabilidade, autonomia. Aí, sim, poderemos ser mais rigorosos com esta turma, exigir e cobrar mais porque eles terão maior capacidade."
Já pensando mais à frente, Guga acredita que o tênis brasileiro precisará se unir mais para somar os esforços pontuais, como os seus, da CBT e de outras academias, como a Tennis Route, do Rio de Janeiro. "O próximo passo agora é reunir esta pessoas, compartilhar experiências. Esta nova geração pode transformar o tênis brasileiro, é uma onda positiva. Isso me dá essa convicção de que o nosso tênis vai ser o melhor do mundo."