O peruano Paolo Guerrero recorre à justiça suíça, mas tem pedido de efeito suspensivo negado - Ricardo Duarte  /Internacional
O peruano Paolo Guerrero recorre à justiça suíça, mas tem pedido de efeito suspensivo negadoRicardo Duarte /Internacional
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Rio Grande do Sul - Momentos depois de a Justiça suíça derrubar o efeito suspensivo que permitia a Paolo Guerrero jogar desde a Copa do Mundo da Rússia, o Internacional se manifestou sobre o caso nesta quinta-feira. Em breve comunicado nas redes sociais, o clube garantiu estar protegido contratualmente e revelou que sequer foi informado oficialmente sobre a decisão do tribunal suíço.

"O Sport Club Internacional informa que até o momento não recebeu nenhuma notificação oficial sobre o jogador Paolo Guerrero. O acordo feito com o atleta traz proteção contratual para ambas partes. O clube dará todo suporte jurídico necessário ao jogador", explicou nesta manhã.

Nesta quinta-feira, a Justiça suíça derrubou o efeito suspensivo que o Tribunal Federal do país europeu havia concedido à suspensão original de Guerrero e que permitiu que o peruano pudesse disputar a Copa. Com isso, o atacante não poderá mais entrar em campo até o fim do ano.

Guerrero foi contratado pelo Inter justamente após o Mundial da Rússia e nas últimas semanas trabalhava para recuperar a melhor forma física. Ele ficaria à disposição do técnico Odair Hellmann pela primeira vez no fim de semana e poderia estrear diante do Palmeiras, domingo, em casa, mas a decisão desta quinta impossibilitará que isto aconteça.

Trata-se de mais um capítulo na longa novela em que se transformou o caso de doping do atacante. A punição original a Guerrero por suposto uso uma substância proibida era de um ano. Depois de um recurso na própria Fifa, a pena caiu para seis meses e terminaria em maio, permitindo que o jogador pudesse ir ao Mundial.

Mas, num recurso apresentado pela Agência Mundial Antidoping, a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) reverteu a decisão da Fifa e aplicou uma suspensão de até 14 meses, que o tirava da Copa. Guerrero chegou a ir à Fifa, em Zurique, para pedir uma intervenção do presidente da entidade, Gianni Infantino, mas sem sucesso.

Sua última cartada era sair dos tribunais esportivos e levar o seu caso à corte comum, na Suíça. Guerrero, assim, solicitou que a sua situação fosse tratada apenas depois do Mundial, o que foi aceito pela CAS. Agora, a Justiça derrubou esse efeito suspensivo e sua punição voltou a ser aplicada. Pelo sistema legal da Suíça, não cabem mais recursos à decisão.

Você pode gostar