O Fluminense fará o primeiro jogo como um dos novos gestores do Maracanã no dia 28, na estreia do Campeonato Brasileiro - Divulgação
O Fluminense fará o primeiro jogo como um dos novos gestores do Maracanã no dia 28, na estreia do Campeonato BrasileiroDivulgação
Por Yuri Eiras

Rio - O governador do estado do Rio, Wilson Witzel, anunciou nesta segunda-feira (18) que vai cancelar a atual concessão do Maracanã em razão do "descumprimento do contrato" por parte do consórcio, formado pela Odebrecht Entretenimento S/A e a Odebrecht S/A. Witzel afirmou que o estado é quem irá administrar o estádio pelos próximos 30 dias. Durante o período, o governo pretende conversar com os clubes e com a Federação de Futebol do Rio (FFERJ). A ideia é lançar em breve uma nova parceria público-privada. Segundo o secretário estadual de Esportes, Felipe Bornier, a Odebretch, que teria direito de administrar o Maior do Mundo por mais 30 anos, não paga as parcelas relativas ao Maracanã desde maio de 2017. O valor da dívida chega a R$ 38 milhões.

 

Coletiva de Imprensa com o Governador Witzel na Palácio Gaunabara sobre a administração do Maracanã. O Governo anunciou o rompimento do contrtsto com o consórcio atual que administra o estádio. Foto: Daniel Castelo Branco / Agência O Dia - Daniel Castelo Branco / Agencia O Dia

O estado irá administrar o Maracanã até fechar parceria com uma nova empresa interessada. Segundo Witzel, não haverá prejuízo aos cofres públicos. "Não haverá prejuízo. Os clubes estavam me pedindo isso. Não dá para manter uma empresa que foi condenada pela Justiça, ainda com descumprimento do contrato", opinou Witzel, que garantiu que a intervenção no estádio não vai influenciar em outras áreas, como o pagamento dos servidores. "O Maracanã é um dos menores dos nossos problemas", completou.

Witzel afirmou também que irá manter os aparelhos esportivos ao redor do Maracanã. O estádio de atletismo Célio de Barros, o parque aquático Júlio Delamare, o colégio municipal Friedenrich e a Aldeia Maracanã ficarão de pé. Ele pretende fazer uma espécie de 'terraço' na estação de trem do Maracanã. "Queremos fazer lajes na área da Supervia. Ali, poderemos construir estacionamento, hotel, shopping. Vamos manter o entorno".

 Em nota, o Complexo do Maracanã se disse "surpreendido" com a decisão do governador. "O Complexo Maracanã Entretenimento foi surpreendido pela informação divulgada nesta manhã em uma coletiva de imprensa. A empresa não teve acesso a nenhum ato oficial do Governo do Estado do Rio de Janeiro e se manifestará oportunamente", afirmou a atual administradora.

 

 

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