Por Hugo Perruso e Yuri Eiras

Cada um na sua forma de jogar, Flamengo e Fluminense veem em seus atacantes os principais destaques não apenas no duelo de hoje, às 16h, no Maracanã, como em 2019. Ambos com média de dois gols por partida na temporada, os rivais têm nos trios formados pelos rubro-negros Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol e pelos tricolores Everaldo, Yony González e Luciano a esperança de gols nesta última rodada da Taça Rio.

Com mais opções para o setor, o Flamengo teve maior rotatividade no trio ofensivo até chegar à formação atual, enquanto o Fluminense se acostumou desde o início do ano com o trio titular. Não à toa, os três atacantes tricolores apresentam um desempenho melhor até o momento.

Já são 21 gols marcados em 16 jogos na temporada, representando 65,6% dos 32 gols do Fluminense. Luciano é o artilheiro ao balançar as redes 10 vezes, mas Yony (seis) e Everaldo (cinco) não ficam muito atrás. O trio tricolor ainda foi responsável por oito assistências, tendo o colombiano como o maior garçom, com quatro passes decisivos.

"Ano passado só éramos eu e Luciano. Então teve a chegada do Yony, um cara que nos ajuda bastante não só com gols, mas com assistências. Ele é importante na parte tática também. E quando um não marca o outro faz. Estamos nos ajudando na frente e os gols estão saindo", avaliou Everaldo.

No lado rubro-negro, o atual trio titular soma 12 gols dos 26 marcados (46,1%) em 13 partidas, mas tem mais participações nas jogadas decisivas, contribuindo com nove assistências. E os números só não são melhores pois o time tem pecado nas finalizações e sabe que precisa melhorar nesse quesito.

"É bom que estamos criando e perdendo. Ruim seria se não tivéssemos criando. Isso que não seria legal. Temos que ter um pouco mais de capricho e ser mais letais quando as oportunidades aparecem. Ter um pouco mais de paciência", admitiu Bruno Henrique.

Entretanto, a distribuição entre todos os jogadores de ataque se mostra mais eficiente no lado do Flamengo. Gabigol está disparado na artilharia, com sete gols, mas além de Bruno Henrique (quatro) e Everton Ribeiro (um), os reservas Arrascaeta (dois), Vitinho (dois) e Uribe (dois) balançaram as redes adversárias. Juntando gols e assistências de todos do ataque rubro-negro, titulares e reservas igualam os números do trio tricolor, totalizando 29 participações diretas, e dando mais opções ao técnico Abel Braga durante os jogos.

Por outro lado, os atacantes reservas do Fluminense (Mateus Gonçalves, Calazans, Marcos Paulo e João Pedro), além de pouco jogar, ainda não marcaram na temporada. E eles podem ser necessários hoje, já que o técnico Fernando Diniz deve poupar alguns titulares no clássico no Maracanã.

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