Rio - A Confederação Brasileira de Vôlei divulgou, na noite desta quarta-feira, a manutenção do ranking para a Superliga feminina na temporada 2019/2020 e, mais uma vez, gerou indignação entre as atletas da modalidade, que recorreram às redes sociais para protestar. Jogadoras como as bicampeãs Sheilla e Thaisa, entre outras, compartilharam uma frase num fundo todo preto: “Por que somos mulheres?”.
A maioria trazia a mesma mensagem: "Estamos indignadas em perceber que o ranking só continua valendo no feminino. Engraçado a CBV estar indo na contramão dos movimentos igualitários! Machismo até no esporte? @cbvolei #naoaoranking #igualdade #issoémachismo".
A CBV explicou que representantes de nove dos 10 primeiros clubes da fase classificatória da Superliga 2018/19 se reuniram com dirigentes da entidade na quarta-feira, em São Paulo, e, por votação, foi definida a manutenção do ranking para atletas de sete pontos na temporada 2019/2020.
Dez jogadoras fazem parte desse grupo. Seguem ranqueadas com sete pontos a levantadora Dani Lins, as centrais Fabiana e Thaisa, as ponteiras Fernanda Garay, Gabriela Guimarães e Natália e as opostas/ponteiras Tandara e Tifanny. As alterações ficam por conta da entrada das levantadoras Macris e Fabíola.
Cada clube poderá inscrever no máximo duas atletas de sete pontos. Na votação, apenas o Dentil-Praia Clube (MG) e a Comissão de Atletas, que enviou sua opinião por escrito, foram contra a continuidade do ranking.
O ranking foi implantado na temporada 1992/1993, com o objetivo de gerar equilíbrio entre os times participantes da competição. A partir da temporada 2016/2017, os clubes votaram pelo fim da pontuação geral para a formação de seus elencos, passando a contar apenas as de pontuação máxima.
Na Superliga masculina, em março de 2018, os clubes votaram pelo fim do polêmico ranking para a atual temporada.
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