RIO, 06/11/2019, Torcedores do Flamengo e Botafogo, Foto de Gilvan de Souza / Agencia O Dia - Gilvan de Souza
RIO, 06/11/2019, Torcedores do Flamengo e Botafogo, Foto de Gilvan de Souza / Agencia O DiaGilvan de Souza
Por Yuri Eiras
Rio - A rivalidade é quente e centenária, mas a balança está desequilibrada para um lado. Botafogo e Flamengo medem forças hoje, às 20h, no estádio Nilton Santos, em momentos opostos. Na parte baixa da gangorra, o Alvinegro convive com problemas políticos, financeiros e de bola no pé - está a dois pontos da zona de rebaixamento. Lá em cima está o Rubro-Negro, que teve dinheiro de sobra para investir em craques e colhe os frutos com a liderança isolada do Campeonato Brasileiro e a vaga na final da Libertadores.
Mas, clássico é clássico, como diz o velho ditado. É no que se agarra o alvinegro Thomas Braghini, estudante de 20 anos. O Botafogo não perde para o Flamengo como o mandante desde 2010 - foram oito clássicos com mando alvinegro, quatro empates e quatro triunfos. "Estou apreensivo, para dizer a verdade. Mas, acredito que o Botafogo pode ter uma chance em um lance de bola parada, de repente. Boto fé no Diego Souza, que cresce nesses momentos. Mas, de fato, é um clássico desequilibrado", analisou o torcedor, preocupado com a fase do Glorioso. Enquanto aguarda o investimento dos Moreira Salles, a diretoria faz o que pode para pagar os salários, já que o clube vive déficit financeiro. Para completar, na terça-feira, o vice de futebol Gustavo Noronha foi demitido do cargo. 
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Em campo, o cenário é bem preocupante. O Botafogo acumula nove derrotas e apenas duas vitórias no returno. O técnico Alberto Valentim ainda não conseguiu dar liga no time, que tem limitações. E, se existe um time que vive fase oposta, este é o Flamengo. Líder isolado do Brasileirão, o Mais Querido não sabe o que é perder há 21 jogos, ou três meses, contando campeonato nacional e Libertadores.
O rubro-negro Fernando Luiz Silva costuma ir ao Maracanã com uma mala de dinheiro falso para mostrar o poder financeiro do time de coração. Ele fica colado ao muro. Quando a câmera de TV se aproxima, Fernando mostra, orgulhoso, os reais, dólares e euros falsos.
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"Quem deu a ideia foi minha filha de cinco anos. Levei um dia uma nota de R$ 100 falsa e ela sugeriu levar pro estádio. Tirei dezenas de cópias e colei com durex. É para mostrar como o Flamengo está poderoso. Estamos ricos e estou rindo à toa", orgulha-se o torcedor, que trabalha vendendo água de coco na Praça Mauá.