Repórter foi detido durante jogo - Reprodução
Repórter foi detido durante jogoReprodução
Por IG - Esporte
Paraná - O repórter da Transamérica de Curitiba Jairo Júnior foi detido pela Polícia Militar na última terça-feira (19) durante o jogo entre Criciúma e Paraná, no estádio Heriberto Hülse, pela 37ª rodada do Brasileirão da Série B. Além dele, o assessor de imprensa do Paraná, Irapitan Costa, também foi levado pelos policiais.

Durante a transmissão da partida pela rádio, o repórter contou que estava sendo encaminhado para a Delegacia Móvel dentro do estádio por ter filmado a ação de policiais para retirar pessoas ligadas ao Paraná Clube, entre elas Irapitan Costa e o diretor de futebol do Tricolor, Alex Brasil.

"Lamentavelmente tivemos o incidente aqui no final do jogo, o supervisor da CBF usou da sua autoridade para tentar impedir que a gente fizesse o nosso trabalho, registrando um fato que aconteceu com o executivo de futebol do Paraná Clube e também com o assessor de imprensa do clube. Eles estavam sendo retirados pela Polícia Militar, eu tentei registrar essa ação, e o supervisor tentou tomar o meu celular", disse.

"Eu não permiti, e ele acabou pedindo auxílio da Polícia Militar para me retirar do local. Depois disso a policia tratou a gente de uma maneira tranquila, nada de violência. Fizeram o que tinha que fazer, o termo circunstanciado. A coisa vai desenrolar na Justiça, completou.

VERSÃO OFICIAL!

Na nota, a polícia disse que "um jornalista, mesmo ciente de que não poderia realizar filmagens no interior do Estádio, passou a realizar imagens, sendo este fato também apontado pelo supervisor da CBF como irregular".

À rádio Banda B, Alex Brasil, diretor de futebol do Paraná, que também estava na confusão, relatou o que aconteceu. "Infelizmente o que fizeram conosco e com vocês (da imprensa). O Jairo Júnior está em uma situação triste, apreensão do material de trabalho. Todas as vezes que a gente vem jogar aqui, é sempre assim, um despreparo da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina. Uma pena o que estão fazendo conosco. Eu fui agredido. A gente não pode dar uma queixa, eles são daqui e não gera nada. Tenho um hematoma aqui. Infelizmente aqui, toda vez é dessa maneira. A gente procurou tirar e acalmar", disse.

" Apenas fui tirar meus atletas, foi um pedido do quarto árbitro. Apreender celular, material de trabalho, eu nunca vi na minha vida. O companheiro da Rádio Transamérica não poder fazer o seu trabalho, isso nos deixa indignado com isso", pontuou.