Olivinha (D) está em sua 15ª temporada no basquete do Flamengo, contando três passagens - Paula Reis / Flamengo
Olivinha (D) está em sua 15ª temporada no basquete do Flamengo, contando três passagensPaula Reis / Flamengo
Por ANA CARLA GOMES
Rio - Em sua 15ª temporada pelo basquete do Flamengo, contando suas três passagens pelo clube, Olivinha conquistou uma forte identificação com o Rubro-Negro. No posto de capitão, o ala/pivô carrega as lições aprendidas com o amigo Marcelinho, que se aposentou em 2018. E neste domingo ele terá nova missão de comandar o time da Gávea em quadra, no duelo contra o Corinthians, às 18h, na Arena Carioca 1, na Barra, pelas quartas de final da Copa Super 8, torneio que reúne os oito primeiros colocados do turno do NBB.
"Cheguei ao Flamengo com 15 anos de idade. Já vivi muita coisa dentro do clube e sou muito grato por isso.
São três passagens e estou completando 15 anos nesta temporada. Aprendi muita coisa nesse tempo e uma das coisas que sempre tive comigo foi o espírito de não desistir nunca, lutar até o fim, buscar a vitória e jogar com seriedade até o fim, independentemente do resultado do jogo. Acho que essas são algumas das coisas que me fizeram ser tão identificado com a torcida. Vencer ou perder faz parte do jogo, mas fazer corpo mole, desistir de jogadas... isso não pode acontecer nunca e acredito que muito da identificação do torcedor vem desse meu espírito", afirma Olivinha.
Publicidade
Para o posto de capitão, ele carrega o aprendizado com Marcelinho. "Quando voltei para o Flamengo, em 2012, uma das coisas que me motivaram foi jogar ao lado do Marcelo. Ele é um ídolo para mim, um cara em que me espelhei pela postura dentro de quadra e tive uma sorte grande de dividir o quarto com ele e aprender muitas coisas. Hoje sou o capitão do Flamengo e muito do que eu tento passar para os jogadores foi o que aprendi com ele nesse tempo todo", comenta Olivinha, lembra a aposentadoria do amigo: "Quando ele se aposentou foi duro, porque além de um grande jogador, na minha opinião o maior da história do Flamengo, é um amigo pessoal também. Mas sei que a hora chega para todo mundo, a dele chegou e eu me coloquei também no lugar dele naquele momento, até por ter uma idade um pouco avançada. É difícil achar um momento para parar, ele achou o dele e sou bastante agradecido por tudo que vivemos juntos aqui no Flamengo".
Quanto à sua aposentadoria, Olivinha, aos 36 anos, não faz planos: "Eu me sinto muito bem ainda, sou um cara que, graças a Deus, nunca teve uma lesão mais seria, nunca precisei operar nada no corpo e me sinto bastante útil ainda. Por esses motivos ainda não pensei no que eu vou fazer quando eu parar de jogar".
Publicidade
Para o duelo deste domingo, Olivinha espera equilíbrio. O jogo é uma reedição do confronto entre Flamengo e Corinthians pela última rodada do turno do NBB, em dezembro, vencido pelo Rubro-Negro por 72 a 68: "Podemos esperar uma partida muito dura e muito física também, com as duas equipes lutando pela vitória, porque nesse sistema do Super 8 só a vitória interessa para passar à próxima fase. Vencemos o Corinthians na nossa última partida e foi bem difícil. Espero que, jogando dentro de casa e com o apoio do nosso torcedor, nós possamos sair com uma vitória para passarmos à semifinal".