O técnico Tite está de olho nos dois duelos contra Bolívia e Peru - AFP
O técnico Tite está de olho nos dois duelos contra Bolívia e PeruAFP
Por Lance
Rio - A Amazon estreou, nesta sexta-feira, a série "Tudo ou nada: Seleção Brasileira", que revela os bastidores da conquista da Copa América 2019 pelo grupo de Tite. A produção, feita enquanto a competição era disputada no Brasil promete exibir detalhes que os torcedores não têm acesso.

Em coletiva, os produtores Malu Miranda e Felipe Briso, além do treinador da Seleção, Tite, contaram como foram as filmagens. Mesmo que o resultado em campo tenha sido positivo, eles revelaram que a intenção era demonstrar a realidade dos craques fora dos gramados e afirmaram que o comandante da Seleção não gostou da ideia no início.

"Confesso que inicialmente eu tinha uma opinião contrária. Ela era inicialmente contrária. Mas, nas conversas que nós tivemos, junto da comissão, essa privacidade aconteceria. É claro que nós tivemos esse convívio diário, mas houve essa privacidade. Era um momento muito importante. A necessidade que se tinha de desempenho e vitória ela era imperiosa", disse ele, e seguiu:

"Por uma série de aspectos: vinda de uma desclassificação do Mundial, pós-Copa no Brasil, final no Maracanã. Isso gera um nível de expectativa altíssimo e um nível de pressão altíssimo. E eu queria filtrar isso, na medida do possível. A partir do momento que teve essa conversa, onde o Edu (Gaspar) me deu essa privacidade, tudo foi naturalidade", explicou o treinador da "Amarelinha".

A série, que tem cinco episódios com uma hora de duração cada, acompanha a jornada da Seleção Brasileira durante a conquista da Copa América 2019, com acesso exclusivo aos bastidores em diversos momentos do campeonato, e estará disponível exclusivamente no "Amazon Prime Video" em mais de 200 países e territórios.

Para Malu, Head de International Originals Brasil, do Amazon Studios, um dos destaques da série foi a verdade entre os produtores e os atletas, além de mostrar ao público apaixonado por futebol um universo dos atletas como humanos.

- É abrir pela cortina e poder ver o dia a dia. Então, depois de ter feito no futebol americano, nos Estados Unidos, a gente vê a cede do consumidor pelo dia a dia. Tem muitos mitos e é bacana para o consumidor poder ver o cotidiano, o trabalho. A gente está muito feliz por poder mostrar essas imagens de um trabalho muito árduo - comentou ela.

O comandante da Seleção Brasileira afirmou ter tido diversas reuniões com os produtores para que não fosse um problema as câmeras dentro das intimidades do elenco. A ideia dele era filtrar a pressão exterior sob à equipe na competição. Tite ainda contou uma situação curiosa:

"No começo, eu fui mal-educado com eles (os produtores da série) e depois me desculpei. Fui grosso, eu disse: "Não, agora não, deixa...", dentro do vestiário. E depois me desculpei. Existem momento em que o tom da voz volta, eu tenho que exigir do atleta, eu quero cobrar", revelou o técnico, que também comandou a Seleção na Copa do Mundo de 2018.

Em coletiva, Felipe Briso, produtor da série, comentou o processo de caminhar junto dos atletas, antes do início da competição, em 2019. Segundo Briso, houve uma confiança entre os que estava por trás das câmeras para obter a naturalidade dos atletas.

"Desde a Granja Comary, que nos ajudou a entrar nessa competição que é bem mais sensível, e aos poucos ir entendendo, ir se apresentando aos poucos (à comissão e atletas). Enfim, estabelecer uma confiança. Mostrar que estamos juntos e no mesmo objetivo", afirmou ele sobre o diferencial da série.

Na última quinta-feira, um evento apenas para convidados contou com Tite, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, e pessoas envolvidas com a série, na Cidade da Arte, no Rio de Janeiro, marcou a primeira exibição de "Tudo ou nada".