Ceará teve o contrato com o São Paulo suspenso e se transferiu para o Atlético-GO - Divulgação
Ceará teve o contrato com o São Paulo suspenso e se transferiu para o Atlético-GODivulgação
Por O Dia
Rio - Preso em dezembro de 2019 acusado de agredir a esposa, Milena Bemfica, o goleiro Jean foi apresentado oficialmente pelo Atlético-GO, nesta quinta-feira. Em sua primeira oportunidade de falar sobre o caso, o atleta quebrou o silêncio.
"Não sou esse monstro que a imprensa fez de mim", disse o goleiro.
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Sem entrar em muitos detalhes sobre o caso, Jean completou afirmando que ainda irá contar sua versão sobre o que o levou a agredir Milena.
"Eu devia esclarecimento para todos. Vocês tomaram conhecimento desde dezembro de coisas pessoais. Durante esse tempo eu estava impossibilitado pela Justiça Americana, não poderia me referir à minha ex-mulher, por isso, não falei antes. Peço desculpa pelo meu erro. Toda história tem dois lados, sim, mas nada justifica a agressão. Fiquei totalmente errado. Não estou dizendo que pela história ter dois lados eu estou certo em agredir. Foi uma reação que eu tive. Nunca tinha agredido ninguém. Quem me conhece há mais tempo sabe de toda a minha história e se surpreendeu com o que aconteceu. Mas tem coisas que eu só vou poder falar em breve", revelou o goleiro.
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Na última quarta-feira, a ex-mulher foi às redes sociais cobrar o pagamento de pensão para as duas filhas que tem com o atleta. Questionado sobre a cobrança, Jean se defendeu.
"Sobre a pensão, é uma questão jurídica, não posso comentar. Minhas filhas vieram para Goiânia junto com minha ex-esposa. Tenho contato com elas, sim. Trouxe elas para Goiânia. Mas agora começaram as aulas e elas não podem vir. Mas quando eu tiver uma folga vou para Salvador. Eu amo minhas filhas e o mais difícil está sendo ficar longe delas. Eu até trouxe dois brinquedos que elas gostavam de usar. Ameniza um pouco a saudade delas. O mais difícil é não ter esse contato no dia a dia."
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Confira outros tópicos da entrevista:

Repercussão

"Por eu ser uma pessoa pública, que era jogador do São Paulo, um time visto mundialmente, claro que ia repercutir mais do que uma pessoa comum. Estou completamente arrependido. Que minha história sirva de lição para que outros casos não aconteçam, não só figuras públicas, todos os homens do mundo. Sei da repercussão, minha família ficou triste, tem criança que se espelha em mim e não foi bom para eles. Tenho duas filhas mulheres e estou arrependido."

Arrependimento

"Peço desulpa a todas as mulheres que se sentiram ofendidas e a todos em geral. Tenho que agradecer ao Atlético-GO e ao presidente por abrirem as portas. Não sou esse monstro, nunca tinha tocado em ninguém, foi uma situação de momento, por fatos que vou esclarecer depois, mas que não justificam."

Carreira

"Se não fosse o Atlético-GO, meu contrato estaria suspenso e não teria como eu trabalhar para sustentar minhas filhas. De coração agradeço ao clube."
Contato com as filhas

"Minhas filhas vieram para Goiânia junto com minha ex-esposa. Tenho contato com elas, sim. Trouxe elas para Goiânia. Mas agora começaram as aulas e elas não podem vir. Mas quando eu tiver uma folga vou para Salvador. Eu amo minhas filhas e o mais difícil está sendo ficar longe delas. Eu até trouxe dois brinquedos que elas gostavam de usar. Ameniza um pouco a saudade delas. O mais difícil é não ter esse contato no dia a dia."

Torcida do Atlético-GO

"Não recebi nenhuma reação contra. Não sou de ficar andando pela rua. Tem prós, tem contras. Tem que escutar os dois lados. Estão me julgando pela história que foi contada de uma pessoa. Em breve, vou dar mais esclarecimentos e as pessoas vão saber o que aconteceu."
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Futuro

"Pensei em parar de jogar num momento em que estava sendo atacado de todos os lados. Pessoas me xingando e me julgando em tom muito agressivo, ameaçando até de morte. Pensei, sim, em parar de jogar, sofri bastante, estou sofrendo. Mas, por outro lado, em conversa com minha família e meu empresário me perguntando o que eu sabia fazer. Eu não soube responder. Jogar futebol é a única coisa que sei fazer. Se eu fosse sozinho, teria parado de jogar. Mas eu tenho minhas filhas, tenho que cuidar delas, por isso, não parei de jogar."

Hostilidade em campo

"Quanto às provocações, estou acostumado, o goleiro é sempre o mais xingado na casa do adversário. Quando eu me concentro, esqueço essas coisas."