Segundo o promotor Marcelo Pecci, os advogados de Ronaldinho Gaúcho chegaram a oferecer como garantia o imóvel que serviria como prisão domiciliar, no valor de US$ 770 mil(cerca de R$ 4 milhões). "Ronaldinho ganhou muito mais que isso em sua carreira", justificou. A decisão do juiz Gustavo Amarilla sobre o recurso da defesa do ex-jogador é esperada ainda para esta terça-feira, às 10h30 (horário de Brasília).
Ronaldinho e o irmão não participaram da audiência desta terça-feira. Não foi revelado o endereço da casa que serviria como prisão domiciliar para Ronaldinho e Assis. Especula-se que o imóvel seja de propriedade de amigos dos advogados dos brasileiros e fica no bairro Lambaré.
Os irmãos chegaram ao Paraguai na última quarta-feira. No mesmo dia, a polícia foi ao hotel onde ambos estavam hospedados e apreendeu os passaportes falsos. Após o Ministério Público entender que não era necessário abrir processo contra os dois irmãos, o caso sofreu uma reviravolta quando a Justiça viu risco de fuga e determinou que eles precisavam permanecer presos durante a investigação - o inquérito pode durar até seis meses para ser concluído, de acordo com as leis paraguaias. A dupla, inclusive, foi levada algemada a um tribunal no sábado.
A defesa de Ronaldinho e seu irmão considera a prisão "ilícita, ilegal e abusiva". Os advogados alegam que o ex-jogador não sabia que o passaporte que deram a ele havia sido adulterado.
A Justiça também expediu mandado de prisão contra a empresária paraguaia Dalia López, que negociou a viagem dos irmãos a Assunção. Ela está foragida. Ronaldinho viajou ao Paraguai para visitar uma entidade destinada à assistência a crianças em situação de vulnerabilidade, além de participar da abertura de cassino.
A prisão de Ronaldinho Gaúcho e do irmão faz parte de investigação que apura possível esquema de falsificação de documentos no Paraguai. O grupo envolveria funcionários públicos e pessoas do setor privado.