De máscara, jogadores do Vasco aderem a protesto no Maracanã - Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
De máscara, jogadores do Vasco aderem a protesto no MaracanãReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por O Dia

Num fim de semana de estaduais com portões fechados por causa da pandemia de coronavírus, o clima foi de insatisfação por parte de jogadores e técnicos. A rodada foi marcada por protestos contra a realização das partidas, mesmo sem a presença dos torcedores.

Na estreia de Keisuke Honda com a camisa do Botafogo, no empate em 1 a 1 com o Bangu, todos os jogadores do Glorioso entraram em campo usando máscaras faciais para pedir a suspensão do Campeonato Carioca. Eles ainda exibiram uma faixa com uma mensagem alertando sobre a necessidade de prevenção contra a Covid-19. Os atletas do Vasco e do Grêmio também usaram máscaras antes de a bola rolar, e os do Fluminense cobriram o rosto com o braço em sinal de protesto.

O técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, que também entrou em campo usando máscara, pediu a paralisação dos campeonatos de futebol no Brasil e chegou a ameaçar uma greve.

"Jogador de futebol é gente. Não estamos imunes. Não adianta nada fechar portões. A torcida fica protegida e dane-se quem trabalha no futebol? O mundo todo parado. Será que o futebol brasileiro não tem que parar? As pessoas no futebol têm que conversar e fazer greve? Precisa chegar nesse ponto", reclamou o treinador.

Críticas de Jesus

O Flamengo não fez protestos na vitória por 2 a 1 sobre a Portuguesa, mas o técnico Jorge Jesus também lamentou a realização do jogo.

"Isso não é uma brincadeira. A próxima rodada, eu penso, que não pode haver jogos do Estadual. A gente tem que defender os jogadores, não são super-homens", disse o português, que revelou a morte de um amigo por causa do coronavírus, mas corrigiu a informação: na verdade, ele está internado em estado grave.

Hoje, a Ferj fará reunião pela manhã para debater a continuidade do Campeonato Carioca, e a tendência é a suspensão das próximas rodadas.

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