Ídolo de Milan e Chelsea, o ex-atacante deixou uma mensagem de esperança em meio à pandemia - Federação Ucraniana
Ídolo de Milan e Chelsea, o ex-atacante deixou uma mensagem de esperança em meio à pandemiaFederação Ucraniana
Por MH
Londres - O trauma de quem conviveu de perto com o desastre nuclear de Chernobyl potencializou o discurso de Andry Shevchenko, ex-atacante e ídolo de Milan-ITA e Chelsea-ING, sobre a importância de seguir as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a pandemia do novo coronavírus. O crescente número de vítimas fatais e de pessoas contagiados ao redor do mundo rendeu a comparação com o trágico acidente ocorrido na Ucrânia, em 1986.
"Sim, vivi um momento muito parecido com este, quando eu tinha nove anos. Repito, a única coisa que precisamos fazer é fazer é evitar comportamentos estúpidos. Nenhum de nós pode ter certeza de que não contraiu o vírus. Não devemos sair, não devemos pensar apenas em nós, mas acima de todas as pessoas para as quais a infecção seria um problema maior", disse Shevchenko à 'Sky Sports' da Itália.
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Embora não exista um número oficial de mortos no incidente, a OMS, por sua vez, calcula que cerca de 9 mil pessoas tenha sido vítimas fatais do vazamento da explosão na usina. Até hoje a região de Prypiat é pouco habitada, apesar do crescimento do turismo na região.
De Londres, Shevchenko, o atual técnico da seleção da Ucrânia, cumpre a sua quarentena há dez dias. A confirmação dos testes positivos para o novo coronavírus de ilustres cidadãos ingleses, como o primeiro-ministro britânico Boris Johnson e o príncipe Charles, reiterou a importância de seguir à risca a cartilha de cuidados, como isolamento sociais e higiene pessoal.

"A única solução é respeitar as regras do governo , que é ficar em casa e dar aos médicos a oportunidade de fazer seu trabalho, que é realmente enorme. Eles e as enfermeiras, muitas vezes voluntárias, são os heróis do nosso tempo. Devem ser agradecidos por tudo o que estão fazendo", disse o ex-jogador, que conta estar há quase 10 dias isolado em sua casa, longe do centro da capital inglesa.
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Bola de ouro em 2004 pelo Milan, o ex-atacante, hoje, com 43 anos, superou o luso-brasileiro Deco, então no Porto, e Ronaldinho Gaúcho, à época no Barcelona, para faturar o prêmio. Ídolo na Itália, ele deixou uma mensagem de solidariedade ao país que lhe abriu as portas e que registra números alarmantes com mais 86 mil pessoas infectadas e 9 mil mortes pela doença.

"Quero saudar a todos os italianos, estou com vocês. Precisamos ter todos a mesma esperança até que as coisas melhorem. Vamos lá Itália, todos sairemos disso juntos", finalizou Shevchenko.