“Eu era jogador do Parma e fui emprestado para o Flamengo de agosto de 2000 até julho de 2001, quando eu teria que retornar à Itália. Pela situação da seleção, eu fui para os Jogos Olímpicos de Sydney, que foram em setembro de 2000. Então, eu só cheguei ao Flamengo de fato em outubro. Isso é até maluco, porque eu joguei a Olimpíada como jogador do Flamengo. Aí eu jogo outubro e novembro pelo time. Era a Copa João Havelange, que classificava oito equipes para o mata-mata, e o Flamengo não se classifica.
Aí o Palmeiras me pergunta se eu não quero voltar para jogar a Libertadores. E, como as coisas não tinham acontecido bem e eu tinha jogado só 12 partidas pelo Flamengo, a maioria delas saindo da reserva, falei que sim, mas havia dois problemas: tinha que acertar com o Parma e com o Flamengo. O Mustafá (Contursi), que era o presidente do Palmeiras na época, falou que com o Parma ele acertava, desde que eu acertasse com o Flamengo. Aí levei a proposta para a Gávea, e o presidente era o Edmundo (dos Santos Silva).
Aí vem a parte mais louca da história: o Flamengo me devia cinco meses de contrato, e o presidente falou: ‘Eu te libero se você abrir mão de R$ 100 mil’ (risos). Eu falei: ‘Está bem, presidente… Não foi bom para vocês e nem para mim, as coisas não deram certo e eu abro mão’. Rescindi o contrato com o Flamengo, voltei a ser jogador do Parma, que me emprestou para o Palmeiras. Esses dias eu fiz a conta: foram 47 dias de Flamengo para mim. De contrato, foram cinco meses, mas, com seleção e férias, foram 47 dias de Gávea. E eu saí ‘pagando’ o Flamengo ainda por cima (risos)", concluiu Alex.