Mario Celso Petraglia - Reprodução de TV
Mario Celso PetragliaReprodução de TV
Por Lance
Rio - Questionado sobre a possibilidade de desconto nas mensalidades do programa Sócio Furacão na pausa dos torneios, o presidente do conselho administrativo do Athletico-PR, Mario Celso Petraglia, não apenas negou a chance como pontuou que, sem o auxílio do sócio, o clube "quebraria".

Essa atitude foi alvo de críticas bastante pesadas e diretas do jornalista Augusto Mafuz em sua coluna no portal Tribuna PR. A ponto de, inclusive, desmembrar seu texto opinativo em dois com o título 'Assim falou Petraglia'.

A principal linha de raciocínio estabelecida pelo jornalista, além de classificar Petraglia como "cara de pau", seria de relacionar a forma de lidar tanto com a crise como com a chance de aplicar descontos no programa Sócio Furacão usando o que Mafuz chamou de "literatura bolsonarista" e a transformação do mandatário no "Bolsonaro em estado puro".

"Ao atribuir a crise ao "vírus chinês", busca base na literatura bolsonarista. Ao transferir para os sócios e a torcida a responsabilidade por uma "quebra do Athletico", Petraglia se transforma no Bolsonaro em estado puro, quando esse quer colocar na conta dos governadores e prefeitos a responsabilidade da quebra da econômica como reflexo do COVID-19. Pode ser até que no final dessa série eu me convença que Petraglia está sendo desonesto, quando constrange os sócios e a torcida do Furacão", disse Augusto em parte do texto.

O texto ainda disseca sobre o porquê do clube poder passar dificuldades financeiras levando em conta o biênio 2019/2020 até então de números vultosos em relação as receitas. São R$ 150 milhões de faturamento líquido levando as negociações de Renan Lodi (Atlético de Madrid), Bruno Guimarães (Lyon) e Léo Pereira (Flamengo) além do prêmio da Copa do Brasil do ano passado (R$ 55 milhões), antecipação de receita da Conmebol pela Libertadores e antecipação de receita junto a Globo, algo que somaria quase R$ 100 milhões.

Augusto Mafuz ainda inclui na Parte 2 de seu texto que, para a atitude do mandatário do Furacão ter maior credibilidade, os atos do mesmo visando minimizar possíveis problemas financeiros deveriam ser mais numerosos do que a suspensão dos direitos de imagem dos atletas:

"Seria um apelo razoável, portanto, e com uma interpretação de boa vontade, se fosse instruído com a prova de que está fazendo o seu papel de presidente sério. E, a prova, embora fosse em todas as épocas, mas, em especial, nessa época de peste, é a que já reduziu e vai continuar reduzindo as despesas milionárias do Furacão. O que Petraglia fez até agora? Suspender o pagamento do direito de imagem foi mera aplicação temporária da lei. Por isso, esse fato não conta na redução de despesas. Quando apela para o sentimento da torcida e dos sócios, Petráglia tem que provar que suspendeu a sua remuneração e a de todos os executivos que incham a estrutura do Athletico, muitos como um "cala boca", concluiu.
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