Jogadores de clube da Série A jogam 'pelada' e são criticados por companheiro de equipe
Dupla violou o isolamento social para jogar bola
Belo Horizonte - Juan Cazares e Rómulo Otero, jogadores do Atlético-MG, foram flagrados na última terça-feira violando o isolamento social para participarem de uma "pelada" em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte. O ato da dupla foi criticado por Enderson Moreira, técnico do Cruzeiro e por Guga, companheiro de equipe dos atletas.
Enderson e Guga foram os convidados do "Jogo Aberto", de quarta-feira, e evitaram julgar os jogadores, no entanto destacaram a importância do respeito à quarentena durante a pandemia do novo coronavírus. Guga, que foi muito criticado por celebrar o título do Flamengo na Libertadores, espera que seus companheiros se retrate pela atitude.
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"Eu já passei por algo que foi muito difícil, que foi questão de redes sociais também, de filmagem. Com certeza é algo que nós, jogadores, temos que tomar muito cuidado, ainda mais agora, em um momento que o mundo está sofrendo, precisando de ajuda. A gente tem que levar realmente muito a sério tudo isso. Não tenho muito que falar, vai da cabeça de cada um. Espero que eles possam se retratar. (...) É complicado, porque a gente está vivendo um momento difícil no mundo inteiro e não é um exemplo a ser seguido", disse Guga.
Já o treinador do Cruzeiro, pediu que is jogadores tenham mais consciência aos atletas, mesmo que eles não estejam no grupo de risco, eles podem passar o vírus para outras pessoas.
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"É muito difícil falar sobre aquilo que acontece com outras pessoas, a forma de agir. Eu acho que, neste momento, nós, profissionais do futebol, assim como a imprensa e os artistas, precisamos dar bons exemplos. De alguma forma, a sociedade observa muito o que as pessoas que têm alguma representatividade diante dos seus setores fazem. O que a gente sempre espera e pede é que todo mundo tenha mais consciência, que possa entender o momento que a gente está passando", disse Enderson.
"Se os atletas não passam muito por essa faixa etária de tanto risco, eles têm que pensar nas pessoas que eles podem contaminar. Acho que é momento da gente esperar um pouquinho para que os grandes cientistas e os médicos possam nos dar uma luz. É claro que a gente percebe que, em algum momento, a gente vai ter que retornar às atividades, mas que isso possa acontecer num momento mais equilibrado. Então, o que a gente pede é que se evite ao máximo. Agora, o poder da decisão sempre cabe a cada pessoa, cada um é responsável por seus atos, e a gente não pode interferir demais neste momento também", completou.