Rui Costa - Bruno Cantini / Atlético/ Divulgação
Rui CostaBruno Cantini / Atlético/ Divulgação
Por Pedro Logato e Venê Casagrande
Rio - No começo de 2020, Rui Costa viu sua passagem como diretor de futebol do Atlético-MG ser interrompida, com menos de um ano. Ele esteve à frente do cargo de abril de 2019 até fevereiro desta temporada. Grato pela oportunidade, apesar de acreditar que 10 meses é um período pequeno para avaliação, o ex-dirigente conversou com o Jornal O Dia sobre o período em que trabalhou no Galo. Um dos temas abordados foi o suposto interesse da equipe mineira na contratação do goleiro Cesar, do Flamengo. O ex-dirigente negou qualquer negociação.
"Não, nunca tivemos nenhuma negociação com o goleiro Cesar, do Flamengo, embora eu o considere um grande goleiro. Sempre acompanhei a carreira dele e sempre tive ótimas referencias dele como atleta e como pessoa, mas não houve qualquer tipo de negociação com o atleta ou com o Flamengo", afirmou.
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Rui Costa também falou sobre o futuro do futebol brasileiro, após a pandemia de Covid-19. Ele afirmou que não haverá equipe que não será afetada, até mesmo aquelas que contam com mais recursos financeiros.
"Não vejo qual clube específico vai sofrer mais ou menos nesse cenário de consequências e ônus, da falta de receita e de tudo que será gerado pela pandemia. Todos irão sofrer de forma muito contundente. Aliás, essas consequências e ônus já estão sendo percebidos de forma muito clara pelas manifestações dos meus colegas e presidentes dos clubes brasileiros. Estão todos muito preocupados com o que ainda é impreciso e incerto, que é quando o futebol voltará a ter a sua capacidade de gerar receitas", disse.
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O Atlético-MG tem chamado a atenção pelo fato de ter gasto bastante para padrões brasileiros na atual temporada. No entanto, o desempenho do Galo no primeiro semestre não foi positivo. A equipe foi eliminada da Sul-Americana e da Copa do Brasil. Apesar disso, o ex-dirigente não vê possibilidade de o Galo viver uma situação semelhante a do rival, Cruzeiro, que no ano passado montou um dos elencos mais caros do país, acabou rebaixado à Série B e que hoje vive grave crise financeira.
"Eu tenho muito respeito pelas instituições e sempre mostrei isso durante toda a minha carreira. Nunca fui desrespeitoso com nenhum adversário. Por tudo o que eu acompanhei, vi e vivi em Minas Gerais, não vejo nenhuma semelhança entre Atlético/MG e Cruzeiro. São situações completamente distintas em forma e conteúdo e por isso acho que não existe nenhuma relação", opinou.