Portuguesa entra na Justiça contra o Vasco em busca de direitos do lateral Nathan
Jogador, de 19 anos, chegou ao clube da Colina em 2017
Rio - O lateral-direito Nathan, de 19 anos, que está perto de acertar a sua transferência para o Boavista-POR, vem sendo pivô de uma polêmica envolvendo o Vasco e a Portuguesa da Ilha. A equipe insulana cobra 30% dos direitos do jogador, que chegou ao clube carioca em 2017, após uma parceira envolvendo a equipe da Ilha do Governador e a de São Januário. A assessoria da Portuguesa encaminhou para o Jornal O Dia o e-mail com o contrato formulado para a assinatura de contrato com o Vasco. O presidente da Lusa, Marcelo Barros, relembrou o acontecimento.
Publicidade
"O presidente do Vasco era o Eurico e sempre tivemos bom relacionamento com o Vasco e inclusive com o Campello que é da Ilha. Em um jogo com o Vasco em São Januário, o Eurico gostou do atleta e solicitou ele e mais dois jogadores. Nós tínhamos uma parceria e enviamos os jogadores. Conversamos e o Vasco formulou o contrato. Aí teve eleição e o Eurico perdeu. Aí o Campello venceu e assinou os contrato só que não assinou o do Nathan. Foi o único que ele não assinou", afirmou.
O mandatário lamentou o ocorrido e afirmou que a Portuguesa irá até o fim em busca de uma solução para o caso envolvendo o jovem Nathan.
Publicidade
"Lamento muito a postura do presidente do Vasco, não esperávamos isso. Ele é um presidente do clube, se ele assumiu o clube com esse problema ele deveria assumir esse problema. Eu espero que a Justiça se faça presente, porque a Portuguesa não pode ser prejudicada por conta desse problema. Estamos indo para a Justiça até os limites que nos cabem. Os clubes grandes precisam respeitar o trabalho dos pequenos", declarou.
O ex-gerente administrativo do Vasco, Antonio José Teixeira, confirmou a versão da Portuguesa de que havia um acordo entre as partes para que a Lusa ficasse com parte dos direitos do jovem.
Publicidade
"O Nathan realmente veio da Portuguesa foi confirmada uma parceria entre o Vasco e a Portuguesa. Porém, o Eurico Miranda saiu sem assinar esse contrato. Quando veio a nova gestão, eu preparei uma nova documentação atualizada, a Portuguesa assinou e mandou de volta. O presidente Campello não assinou e alegou que a parceira não havia sido tratada por ele", disse.
Teixeira afirmou que o empresário de Nathan teria tido função determinante para que o jogador não assinasse o contrato com o Vasco nos moldes que contemplasse a Portuguesa.
Publicidade
"O empresário do Natan pressionou para não assinar. Eu pressionei para que houvesse a assinatura. A família dele não assinou por causa do empresário. O empresário inclusive agora com o Vasco também quis forçar a saída", afirmou o ex-dirigente, que trabalhou de 1997 até maio de 2020 no clube carioca.
Procurado pelo Jornal O Dia, o Vasco afirmou não ter recebido da Portuguesa qualquer comprovação de suposto acordo de parceria e que a minuta padrão trocada entre os clubes em 2018 não teria validade jurídica e só seria assinada pelo Presidente Alexandre Campello a partir do momento em que a Portuguesa apresentasse algum documento formal, podendo ser uma simples troca de e-mail, que confirmasse tal parceria celebrada no momento de sua chegada ao clube de São Januário. O Vasco ainda disse que após a situação envolvendo Nathan, outros quatro jogadores da Portuguesa acertaram com o Cruzmaltino, o que segundo o Vasco, evidenciaria que as duas partes ainda preservam uma boa relação.