Publicado 15/12/2020 16:23
O atacante Gabriel Barbosa, do Flamengo, decidiu trocar de apelido. Ele abandonou a popular alcunha de artilheiro e pediu para não ser mais chamado de Gabigol. Ele agora é apenas Gabi. Não é a primeira vez que isso acontece nem será a última no futebol. Diferentemente do centroavante rubro-negro, que já havia um apelido consolidado desde a sua passagem pelo Santos, e virou referência no Rio de Janeiro na temporada de 2019, quando o Flamengo ganhou Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores, a mudança de nome de atletas no futebol geralmente acontece quando ele está em ascensão.
Na opinião do professor de marketing esportivo da ESPM, Marcelo Palaia, a mudança de nome pode afetar a marca do jogador e não deveria acontecer com tanta frequência. "O nome de um atleta, assim como de músico, artista, celebridades, são verdadeiras marcas que eles passam a ter durante a carreira. Carregam consigo até o fim. O cuidado com essa marca, com o nome, tem de existir constantemente", ensinou o professor.
Palaia destaca que, caso o jogador seja alguém que já tenha um nome de destaque, a alteração do apelido pode descaracterizar a sua marca registrada. "O atleta não pode simplesmente mudar o nome porque achou que é mais bonito ou mais feio, ele começou assim e fica difícil, e estranho, mudar depois. E ainda pode não ter o mesmo reconhecimento que criou ou desenvolveu ao longo de toda sua vida profissional".
Gabriel não é o único que pediu para mudar de nome ao longo da carreira. A reportagem relembra 10 jogadores que optaram por fazer a alteração ao longo de suas vidas esportivas no futebol brasileiro. Dentinho, ex-Corinthians, por exemplo, nem sempre foi Dentinho. Lateral-esquerdo do São Paulo, Léo não quer mais ser associado a Pelé pela aparência física. E Diego Tardelli, do Atlético-MG, já foi chamado de Dinei em campo.
Talvez o caso mais marcante tenha sido de Lucas Moura. O meia, hoje no Tottenham, da Inglaterra, apareceu com destaque na base do São Paulo com o apelido de Marcelinho devido à semelhança com Marcelinho Carioca, ídolo do Corinthians na década de 1990. Justamente pela ligação com o nome de um rival, assim que se firmou no grupo profissional do São Paulo, ele passou a ser chamado de Lucas e foi até apresentado como reforço desta maneira. Relembre esse e outros casos de troca de nome a pedido do próprio atleta.
1 - Lucas Moura - Tottenham (Inglaterra)
Lucas deu seus primeiros passos no futebol na escolinha de Marcelinho Carioca. Por esse fato e pela semelhança com o ex-jogador do Corinthians, ele passou a ser chamado de Marcelinho. O apelido durou até 2010, quando o jogador comunicou à imprensa que preferia ser chamado pelo nome de batismo. Desde então, Lucas é Lucas ou Lucas Moura.
Lucas deu seus primeiros passos no futebol na escolinha de Marcelinho Carioca. Por esse fato e pela semelhança com o ex-jogador do Corinthians, ele passou a ser chamado de Marcelinho. O apelido durou até 2010, quando o jogador comunicou à imprensa que preferia ser chamado pelo nome de batismo. Desde então, Lucas é Lucas ou Lucas Moura.
2 - Dentinho - Shakhtar Donetsk (Ucrânia)
Dentinho é Dentinho desde as categorias de base do Corinthians, mas por pouco não perdeu a alcunha. Quando subiu para o profissional, o clube decidiu que o atacante passaria a ser chamado pelo nome, Bruno Bonfim. Ele aceitou, no entanto não sabia que a mudança o colocaria em uma seca de gols. Para afastar a má fase, decidiu resgatar o apelido da base e não o largou nunca mais.
Dentinho é Dentinho desde as categorias de base do Corinthians, mas por pouco não perdeu a alcunha. Quando subiu para o profissional, o clube decidiu que o atacante passaria a ser chamado pelo nome, Bruno Bonfim. Ele aceitou, no entanto não sabia que a mudança o colocaria em uma seca de gols. Para afastar a má fase, decidiu resgatar o apelido da base e não o largou nunca mais.
3 - Casemiro - Real Madrid (Espanha)
Casemiro é o último nome de Carlos Henrique. Nas categorias de base do São Paulo, o volante era chamado de Carlão. Mas por opção o aumentativo de seu primeiro nome não o acompanhou, quando ele foi promovido ao profissional do clube tricolor. Hoje, o Real Madrid poderia contar com o volante Carlão, mas tem Casemiro.
Casemiro é o último nome de Carlos Henrique. Nas categorias de base do São Paulo, o volante era chamado de Carlão. Mas por opção o aumentativo de seu primeiro nome não o acompanhou, quando ele foi promovido ao profissional do clube tricolor. Hoje, o Real Madrid poderia contar com o volante Carlão, mas tem Casemiro.
4 - Diego Tardelli - Atlético-MG
Diego Tardelli era chamado de Dinei nas categorias de base do São Paulo. Isso porque, quando criança, o atacante descoloriu o cabelo no intuito de ficar parecido com o ex-jogador Dinei, do Corinthians. O apelido pegou e assim ele foi chamado até subir para profissional da equipe tricolor, quando teve que mudar para Diego Tardelli.
Diego Tardelli era chamado de Dinei nas categorias de base do São Paulo. Isso porque, quando criança, o atacante descoloriu o cabelo no intuito de ficar parecido com o ex-jogador Dinei, do Corinthians. O apelido pegou e assim ele foi chamado até subir para profissional da equipe tricolor, quando teve que mudar para Diego Tardelli.
5 - Tchê Tchê - São Paulo
O meio-campista do São Paulo ganhou esse apelido nas categorias de base do Pão de Açúcar. Mas quando foi para transferido para a Ponte Preta, teve que mudar para seu nome de batismo, Danilo Neves. A decisão não foi dele, mas, sim, da diretoria do clube alvinegro. Após deixar Campinas, ele voltou a usar a alcunha que carrega até hoje.
O meio-campista do São Paulo ganhou esse apelido nas categorias de base do Pão de Açúcar. Mas quando foi para transferido para a Ponte Preta, teve que mudar para seu nome de batismo, Danilo Neves. A decisão não foi dele, mas, sim, da diretoria do clube alvinegro. Após deixar Campinas, ele voltou a usar a alcunha que carrega até hoje.
6 - Vini Jr - Real Madrid (Espanha)
O atacante do Real Madrid abreviava apenas o segundo nome, até o fim da última temporada. Para 2020/2021, ele optou por "Vini Jr", ao invés de "Vinicius Jr". A mudança veio acompanhada com a numeração de sua camisa, que voltou a ser a 20, usada pelo jogador em sua época de Flamengo.
O atacante do Real Madrid abreviava apenas o segundo nome, até o fim da última temporada. Para 2020/2021, ele optou por "Vini Jr", ao invés de "Vinicius Jr". A mudança veio acompanhada com a numeração de sua camisa, que voltou a ser a 20, usada pelo jogador em sua época de Flamengo.
7 - Gustavo Silva - Corinthians
O atacante alvinegro ganhou o apelido de "Mosquito" nas categorias de base do Coritiba. Quando chegou ao Corinthians manteve a alcunha, mas mudou de ideia ao ganhar espaço no elenco Agora, ele prefere ser chamado pelo nome de batismo, Gustavo Silva, ou apenas Gustavo.
O atacante alvinegro ganhou o apelido de "Mosquito" nas categorias de base do Coritiba. Quando chegou ao Corinthians manteve a alcunha, mas mudou de ideia ao ganhar espaço no elenco Agora, ele prefere ser chamado pelo nome de batismo, Gustavo Silva, ou apenas Gustavo.
8 - Léo - São Paulo
O lateral-esquerdo Léo, conhecido como Léo Pelé em decorrência das semelhanças físicas com o Rei do Futebol, prefere ser chamado apenas pela abreviação do primeiro nome. Segundo ele, carregar o apelido do considerado maior jogador de todos é um peso que não lhe interessa. Pelé é único e, portanto, ele prefere ser chamado apenas de Léo.
O lateral-esquerdo Léo, conhecido como Léo Pelé em decorrência das semelhanças físicas com o Rei do Futebol, prefere ser chamado apenas pela abreviação do primeiro nome. Segundo ele, carregar o apelido do considerado maior jogador de todos é um peso que não lhe interessa. Pelé é único e, portanto, ele prefere ser chamado apenas de Léo.
9 - Taffarel - ex-jogador
O ex-goleiro e ídolo da seleção brasileira surgiu como Cláudio e não como Taffarel. Seu primeiro nome foi deixado de lado com o passar dos anos e seu sobrenome ganhou destaque. Ele foi imortalizado pela voz de Galvão Bueno durante a semifinal da Copa do Mundo da França, em 1998.
O ex-goleiro e ídolo da seleção brasileira surgiu como Cláudio e não como Taffarel. Seu primeiro nome foi deixado de lado com o passar dos anos e seu sobrenome ganhou destaque. Ele foi imortalizado pela voz de Galvão Bueno durante a semifinal da Copa do Mundo da França, em 1998.
10 - Muralha - Coritiba
O goleiro do Coritiba ganhou o apelido de Muralha nas categorias de base do antigo clube Serrano, hoje Prudentópolis FC. Até então, ele era conhecido pelo nome de batismo, Alex Santana, mas agregou o apelido do preparador de goleiros do clube. Alex era o pupilo de Muralha.
O goleiro do Coritiba ganhou o apelido de Muralha nas categorias de base do antigo clube Serrano, hoje Prudentópolis FC. Até então, ele era conhecido pelo nome de batismo, Alex Santana, mas agregou o apelido do preparador de goleiros do clube. Alex era o pupilo de Muralha.
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