Em uma casa de repouso de Osaka, 61 pessoas foram infectadas com covid-19 e 14 morreram à espera de hospitalização, noticiou a emissora pública NHK.
Em uma casa de repouso de Osaka, 61 pessoas foram infectadas com covid-19 e 14 morreram à espera de hospitalização, noticiou a emissora pública NHK. AFP
Por ESTADÃO CONTEÚDO
O governo do Japão autorizou nesta sexta-feira (9) que as cidades de Tóquio, Kyoto e Okinawa adotem medidas mais rígidas de combate à covid-19. A decisão foi tomada em meio a um novo aumento de casos da doença e menos de três semanas depois do fim do estado de emergência e pouco mais de 100 dias antes do início dos Jogos Olímpicos.
"Decidimos tomar medidas intensivas para prevenir uma epidemia em Tóquio, Kyoto e Okinawa", declarou o primeiro ministro Yoshihide Suga, após uma reunião de ministros e funcionários do governo. "Tomamos essa decisão porque o número de infecções aumenta e tememos que o sistema médico fique sob pressão nessas regiões", acrescentou.
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Adiados em um ano devido à pandemia do novo coronavírus, os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 começarão no dia 23 de julho na capital japonesa, onde os contágios haviam caído, graças ao estado de emergência. Os casos voltaram a aumentar, no entanto, desde a suspensão das restrições em 21 de março.
As novas medidas - menos severas que os rígidos confinamentos impostos em outros países - preveem o fechamento de restaurantes e bares às 20 horas, sob pena de multas. A cidade de Osaka (na região oeste do Japão) decretou medidas especiais, após o aumento de casos de covid-19, e cancelou o revezamento da tocha olímpica nas vias públicas de todo departamento.
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A partir desta segunda-feira (12) e até o dia 11 de maio, grande parte de Tóquio estará sujeita a novas medidas semelhantes ao estado de emergência anterior, mas que permitirão concentrar mais facilmente as atenções em surtos infecciosos, segundo as autoridades.
"Para administrar a crise, pedi que medidas especiais fossem aplicadas em Tóquio", disse a governadora da cidade, Yuriko Koike. "É urgente que adotemos mais medidas e mais fortes, como a redução do fluxo de pessoas entre as grandes cidades, porque, senão, vamos assistir a uma propagação dos contágios", acrescentou.
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Apesar de várias ondas de infecção, o Japão tem sido relativamente pouco afetado pelo novo coronavírus, em comparação com outros países, com cerca de 9.300 mortos oficialmente desde janeiro de 2020.