Publicado 19/04/2021 11:15 | Atualizado 19/04/2021 11:17
A notícia da criação de uma Superliga da Europa encabeçada por 12 dos maiores clubes do continente, para concorrer com a Champions League, caiu como uma bomba no mundo do futebol e gerou mais críticas do que apoio. Além de reações contrárias de jogadores e outros clubes, Fifa, ligas nacionais e Uefa já se movimentam e prometem sanções a quem participar do novo torneio. Para evitar isso, os fundadores entraram com uma ação na Justiça para garantir a criação da Superliga.
Os membros fundadores são os ingleses Manchester United, Manchester City, Liverpool, Chelsea, Tottenham e Arsenal, os espanhóis Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid e os italianos Juventus, Milan e Inter de Milão. Eles deixaram a Associação Europeia de Clubes (ECA) e ainda procuram mais três para chegar a 15 fundadores. A ideia é convidar outros cinco clubes com base no desempenho anual para disputarem o torneio com 20 participantes (dois grupos de 10) durante a semana, no lugar da Champions. Para evitar isso, a Uefa ameaçou excluir os clubes que participarem das competições nacionais e impedir que os jogadores defendam suas seleções.
Em resposta, a Superliga enviou uma carta nesta segunda-feira (19) aos presidentes da Fifa, Gianni Infantino, e da Uefa, Aleksander Ceferin, avisando que já acionou a Justiça para garantir o lançamento da competição, que teve investimento de 4 bilhões de euros por parte de uma instituição financeira.
"Estamos preocupados que a Fifa e a Uefa possam responder a esta carta-convite buscando tomar medidas punitivas para excluir qualquer clube ou jogador participante de suas respectivas competições (...) É nosso dever garantir que todas as ações razoáveis disponíveis para proteger os interesses da competição e de nossos stakeholders sejam devidamente tomadas, dados os danos irreparáveis que seriam sofridos".
Ainda no domingo, a Fifa publicou um comunicado mostrando preocupação com o movimento e dando apoio à Uefa. "A Fifa só pode expressar sua desaprovação a uma 'liga separatista europeia fechada', fora das estruturas futebolísticas internacionais e sem respeitar os princípios antes mencionados".
Bayern de Munique, Borussia Dortmund e PSG foram convidados para participar do grupo, que é encabeçado pelo presidente do Real Madrid, Florentino Perez. Entretanto, os três clubes se recusaram a participar, assim como o Porto. O Borussia, inclusive, divulgou um comunicado se dizendo contra a criação da Superliga, assim como seu rival alemão.
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