Rede GloboDivulgação

Por Lance
Na última terça-feira, 19 dos 20 clubes que disputam a Série A do Brasileirão se uniram para anunciar a criação de uma liga, que terá como função organizar o Campeonato Brasileiro, atribuição atualmente da CBF. Com isso, o LANCE! procurou a Globo, detentora dos direitos de transmissão do torneio na TV aberta para saber o que a emissora achava do movimento.
A Globo destacou que não foi consultada pelos clubes que assinaram o documento enviado à CBF, mas que via o projeto de forma positiva.

"Não conhecemos os detalhes da proposta da Liga entre os clubes. Mas vemos como positivas as iniciativas que promovam a união de propósitos entre os clubes, principais agentes do futebol nacional", disse, em nota oficial.
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A emissora afirmou que a elaboração de uma associação vai muito além dos direitos de transmissão dos jogos e que ela faz parte do ecossistema, apoiando o futebol. Agora, os dirigentes das equipes envolvidas começam a estruturar o projeto e buscam estabelecer um diálogo com a CBF para avançar no processo.

"A atuação de uma associação vai além da questão dos direitos de transmissão. Envolve a organização, o desenvolvimento, o equilíbrio entre os clubes, para que o futebol seja o maior beneficiado. A Globo há anos faz parte desse ecossistema, apoiando e investindo nessa relação de paixão entre torcedores e clubes", concluiu a emissora.

Além da fundação da liga, os clubes também pedem mais poder e espaço nas decisões tomadas na CBF. Os clubes participam da Assembleia Geral Eleitoral, que se reúne para escolher o presidente e os vices. As 27 federações têm peso 3 (portanto, juntas são 81), enquanto os votos dos 20 clubes da Série A têm peso 2 (40) e os votos dos clubes da Série B têm peso 1 (que, somando, chega a 20). Ou seja, na prática as federações é que elegem o presidente. Há uma discussão para desconcentrar poder e aumentar a participação dos clubes.

O LANCE! procurou a Warnermedia, dona do canal TNT Sports, que também transmite jogos do Brasileirão de clubes com qual a empresa possui acordo comercial. Porém, até o fechamento desta reportagem, não obtivemos retorno. Caso ele aconteça, o posicionamento será adicionado posteriormente.