Caboclo é acusado de assédio Divulgação

Por O Dia
Rio - Em nota oficial, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, afastado desde o dia 6 de junho, diz que a compra de um jato por US$ 14 milhões, girando em torno de R$ 71,7 milhões de reais, na cotação atual, foi autorizada por dirigentes da entidade.
Caboclo diz que o veículo foi "planejado por diversos meses", além de "atualizar o patrimônio da entidade" e feito em "condições vantajosas". Na mesma nota, o dirigente afirma que o jurídico da CBF pediu para que a compra fosse feita de forma "imediata", além disso ter acontecido antes das denúncias de assédio contra o mandatário.
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A compra do jato Legacy de 16 lugares foi veiculada inicialmente pelo site "UOL" e confirmada pelo "Estadão", além de existir um Citation, de 12 lugares, jato particular que é utilizado para deslocamentos, inclusive pelo dirigente Rogério Caboclo.
Nos bastidores da cúpula, a compra não foi acordada com outros membros da diretoria que acreditam que tenha sido feita de má fé por Caboclo. Afastado por 30 dias após decisão do Comitê de Ética da CBF, Rogério Caboclo, foi denunciado por assédio moral e sexual no dia 4 de junho, que nega toda as acusações. Enquanto isso, o vice-presidente Antônio Carlos Nunes, de 82 anos, assume a presidência interinamente, enquanto o caso não é resolvido.
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NOTA OFICIAL:
"A respeito da troca da aeronave da CBF, veiculada pela imprensa recentemente, o presidente Rogério Caboclo esclarece que o conceito estabelecido internamente sempre foi o da substituição do avião existente por um mais novo.

A decisão de comprar o jato Legacy 500, prefixo PR-HIL, foi planejada por diversos meses e foi feita para atualizar o patrimônio da entidade em condições altamente vantajosas.

O contrato foi aprovado e assinado pelos diretores jurídico da CBF, Luiz Felipe Santoro, e financeiro, Gilnei Botrel. Sem essas assinaturas o negócio jamais poderia ter sido fechado. Foi Gilnei Botrel que recomendou e realizou o pagamento imediato naquela data.

Com a transação, a CBF trocaria uma aeronave de menor tamanho e de menor autonomia (Cessna 680 modelo Sovereign, prefixo PP-AAD), ano 2009, por uma maior, mais moderna e de maior autonomia, ano 2015. O Legacy 500 tem 490 horas de voo, enquanto o Cessna da entidade tem 2550 horas voadas. A última revisão do Cessna, feita em fevereiro, custou aos cofres da entidade US$ 370 mil.

O Legacy 500 foi comprado por US$ 14 milhões. A aquisição foi concluída em 4 de junho, antes da divulgação das acusações contra o presidente Rogério Caboclo.

O processo de venda da antiga aeronave, Cessna 680 modelo Sovereign, por US$ 6,150 milhões, ainda não foi concluído em razão do afastamento do presidente, de forma unilateral e sem direito à defesa pela Comissão de Ética da CBF. Dessa forma, Rogério Caboclo não conseguiu formalizar os trâmites estatutários que autorizam a concretização da venda".