Nathan Torquato conquista medalha de ouro na estreia do parataekwondo na ParalimpíadaRogério Capela/CPB
Publicado 02/09/2021 12:46
Mais um dia de medalhas para o Brasil na Paralimpíada de Tóquio-2020, com direito a quatro ouros que levaram o país novamente ao sexto lugar na tabela e, de quebra, aproximou da melhor campanha da história. A natação teve mais dois campeões paralímpicos, com Gabriel Araújo, nos 50m costas (classe S2), e Talisson Glock, nos 400m livre (classe S6).Já Alessandro Silva foi bicampeão no lançamento de disco (F11) e Nathan Torquato conquistou o inédito ouro na estreia do parataekwondo nos Jogos, na classe K44 para atletas até 61kg.
De quebra, o Brasil ainda garantiu mais duas medalhas ao se classificar para a final do Futebol de 5, ao derrotar o Marrocos, e do goalball masculino, passando sobre a Lituânia. Por outro lado, o vôlei sentado masculino e o goalball feminino acabaram perdendo seus confrontos de semifinal (para Rússia e Estados Unidos), mas ainda brigarão pelo bronze.
Com as quatro conquistas - as outras medalhas foram a prata de Marivana Oliveira no arremesso de peso (classe F35) e o bronze de Mateus Evangelista no salto em distância (classe T37) ­-, o Brasil chegou a 19 ouros em Tóquio e está a apenas dois de igualar as 21 de Londres-2012, a melhor campanha da história do país nas Paralimpíadas.
Parataekwondo
Aos 20 anos, Nathan Torquarto, conquistou o ouro na categoria até 61kg, na classe K44 (para pessoas com deficiências nos membros, única classe com competição na Paralimpíada). Na final, ele enfrentou o egípcio Homaed Elzayat, que não tinha condições de lutar após sofrer um golpe ilegal na semifinal. Os dois chegaram a iniciar o combate, mas os médicos interromperam a luta após o primeiro golpe do brasileiro.
" A estreia do parataekwondo em Jogos Paralímpicos começa com o ouro. Apesar de ser novo (20 anos) já tenho 17 anos de história nesse esporte. Já lutei no convencional, depois fiz a migração para o paradesporto e foi a melhor escolha que fiz na minha vida”, comemorou Nathan.
Natação
No penúltimo dia da modalidade, Talisson Glock, de 26 anos, venceu os 400m livre classe S6 (para atletas com comprometimento físico-motor) em 4min54s42 e tornou-se pela primeira vez campeão paralímpico, após dois bronzes. Já Gabriel Geraldo, de 19 anos, conquistou a segunda medalha de ouro ao ganhar os 50m costas classe S2 (também para atletas com limitações físicas-motoras). Ele também já tinha levado uma prata em Tóquio.
"As três medalhas têm um espaço especial no meu coração. Fico feliz por também poder mostrar minha alegria. Sempre estou sorrindo e dançando. É uma felicidade poder inspirar as crianças, com deficiência ou sem", disse Gabriel, que novamente dançou no pódio.
Atletismo
Sem medalhas no dia anterior, a modalidade voltou a se destacar com um ouro, uma prata e um bronze. Bicampeão mundial, , Alessandro da Silva também conquistou pela segunda vez a Paralimpíada no lançamento do disco F11 (para cegos) com a marca de 43,16m. Todos os outros lançamento válidos foram superiores à prata.
Já Marivana Oliveira, depois do bronze na Rio-2016, levou a prata no arremesso de peso classe F35 (para atletas com paralisia cerebral) com a marca de 9,15m. Mateus Evangelista voltou ao pódio do salto em distância T37 (também para atletas com paralisia cerebral). Segundo há quatro anos, ele ficou em terceiro em Tóquio, com 6,05m.
Futebol de 5
Invictos e em busca do penta paralímpico, os brasileiros tiveram uma semifinal muito complicada, debaixo de chuva, e venceram por 1 a 0 graças a um gol contra do Marrocos. O Brasil enfrentará a Argentina na decisão pelo ouro.
Goalball
Em busca do inédito ouro paralímpico, o Brasil derrotou a Lituânia, algoz na Rio-2016, por 9 a 5 na semifinal masculina. Por outro lado, a seleção feminina perdeu nos pênaltis para os Estados Unidos, após estar vencendo por2 a 1 nos segundos finais do jogo. Agora, as mulheres vão encarar o Japão em busca do bronze, que já seria a primeira medalha na história.
Vôlei sentado masculino
O Brasil até venceu o primeiro set, mas sofreu a virada para a Rússia e acabou derrotado por 3 sets a 1 (22/25, 25/21, 25/19 e 25/19) na semifinal. Quarto lugar na Rio-2016, o time brasileiro irá em busca da inédita medalha na disputa pelo bronze contra a Bósnia Herzegovina, vice há quatro anos.
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