Cristiano Ronaldo deixou a Juventus e é aposta do Manchester United para arrecadar maisAFP
Publicado 17/09/2021 15:54
Dois dos mais tradicionais e ricos clubes do mundo, Manchester United e Juventus anunciaram nesta sexta-feira, com a revelação de seus balanços no período de 30 de junho de 2020 até 30 de junho de 2021, que tiveram prejuízo financeiro nos últimos 12 meses em consequência dos efeitos causados pela pandemia do novo coronavírus.
Na Inglaterra, o Manchester United teve um prejuízo financeiro líquido de 92,2 milhões de libras (R$ 668,3 milhões) devido ao impacto da pandemia da covid-19. As receitas do clube caíram 2,9%, ficando em 494 milhões de libras (R$ 3,62 bilhões). A maior queda foi sentida nos ganhos com o chamado "Matchday" (dia de jogo), em que os ganhos despencaram 92%, já que quase todo o período foi de partidas com portões fechados.
De acordo com o balanço financeiro do clube, as receitas obtidas com os direitos de televisão do Campeonato Inglês e pela participação na Liga dos Campeões da Europa acabaram evitando um prejuízo ainda maior nos 12 meses em questão. "Sem dúvida, foi um dos anos mais complicados da história do Manchester United", lamentou o vice-presidente executivo do clube, Ed Woodward.
O dirigente, garantiu que, apesar do resultado financeiro, está mantida a promessa de crescimento esportivo do clube, que acumulou tropeços em campo nos últimos anos. "Fortalecemos o elenco com as contratações de Cristiano Ronaldo, Raphael Varane, Jadon Sancho e Tom Heaton. Esses reforços provam que temos a habilidade para atrair alguns dos melhores jogadores do mundo para Old Trafford", afirmou.
Na Itália, a Juventus anunciou ter fechado o exercício financeiro de 2020-2021 com um prejuízo de 209,9 milhões de euros (R$ 1,3 bilhão), o que fez a dívida líquida do clube subir para cerca de 389 milhões de euros (R$ 2,4 bilhões). O balanço foi aprovado pelo Conselho de Administração, órgão que convocou uma assembleia de acionistas para o dia 29 de outubro deste ano
No exercício 2019-2020, a Juventus já havia ficado com as contas no vermelho, mas em montante bem inferior, de 89,7 milhões de euros (R$ 554,7 milhões, de acordo com os valores atualizados).
Segundo as informações divulgadas pelo clube italiano, o aumento de dívida é justificado, em maior parte, pela redução de 92,7 milhões de euros (R$ 573.3 milhões) nas receitas, provocada diretamente pela pandemia da covid-19.
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