Publicado 20/10/2021 11:01 | Atualizado 21/10/2021 12:00
Rio - Para enfrentar os desafios da sociedade brasileira, agravados pela desigualdade social do país e evidenciados pela Covid-19, um grupo com 161 organizações sociais se reúne por uma única causa: o esporte como fator de desenvolvimento humano. A Rede Esporte pela Mudança Social - REMS atua em todo o Brasil para trazer visibilidade para organizações que mudam a vida de jovens, como Layana de Souza, de 29 anos.
Ela nasceu na Rocinha, maior favela do Brasil e que carrega o estigma enraizado de violência. Organizações sociais desenvolvem trabalhos para auxiliar os moradores desses territórios, como é o caso de iniciativas voltadas às crianças e aos adolescentes, que promovem o desenvolvimento e a construção de uma identidade com senso de responsabilidade, disciplina e provisão de futuro, pilares importantes para diminuir a criminalidade, por exemplo.
A carioca, que jogava futebol com as crianças na rua, sempre foi apaixonada pelas aulas de educação física. Aos 12 anos, não pensou duas vezes quando uma ONG lhe ofereceu a oportunidade de fazer aulas de basquete gratuitas. Dentro de quadra, com o apoio da organização, participou de competições contra clubes grandes do Rio de Janeiro e foi se destacando até conseguir uma oportunidade para aprimorar o conhecimento, por meio da uma bolsa de estudo em um colégio particular, onde também jogaria basquete.
Descrição gerada automaticamenteMulher ao lado de uma bola de basquete na mão
Localizado no Méier, o colégio ficava há dois ônibus de distância da casa da Layana, que acordava às 5h para estudar e depois treinar. Com os torneiros da escola, fez viagens para competir em outros estados e jogou quatro vezes pela Seleção Carioca. No fim do Ensino Médio, uma grande chance bateu em sua porta: foi convocada para fazer faculdade e jogar basquete nos Estados Unidos, que é o país mais influente da modalidade no mundo.
Com 18 anos, fez as malas e saiu do Brasil sem falar inglês em busca do sonho de viver do esporte. Aterrizou no país de estrelas como Le Bron James e Michael Jordan. O sol carioca deu lugar para os graus negativos de Wyoming, no norte do país, onde viu a neve pela primeira vez. A dificuldade da língua e o clima não a impediram de conquistar o que desejava. Após 4 anos de estudos em Administração Esportiva e jogos pelas ligas universitárias, voltou para o Brasil com um currículo cheio de experiências e uma motivação que a levaram a conseguir uma vaga como coordenadora de informação esportiva do basquete nos Jogos Olímpicos 2016. "Eu não fazia ideia da gama de possiblidades que o esporte poderia me oferecer. Quando era criança, pensava que era impossível viver do esporte", conta.
Em 2017, voltou para os Estados Unidos para fazer um mestrado em Gestão Esportiva com Foco em Marketing e descobriu um novo propósito: depois de adulta, fazer com que crianças como ela tenham oportunidades semelhantes às que teve. Com esse sonho de viver do esporte e gerar chances para os jovens, Layana voltou para Rocinha, onde desenvolve projetos sociais para sua comunidade.
"A REMS existe justamente para fortalecer pessoas como a Layana que tiveram a vida transformada pelo esporte e hoje quer retribuir ajudando a nova geração de crianças da sua comunidade. Queremos conectar organizações dentro da mesma causa do esporte", conta William Boudakian, Diretor Executivo do Instituto Família Barrichello, organização responsável pela Secretaria Executiva da REMS.
Para trazer mais ideias dentro desse propósito do esporte, neste mês, a REMS se reúne com o Sesc São Paulo e atletas como Flávio Canto, Aída do Santos e Ana Moser na Semana Internacional do Esporte Pela Mudança Social, um evento internacional, para mostrar como o esporte pode trazer soluções para problemas sociais. O evento vem com mais força em um ano marcado pelas Olimpíadas, que tornaram públicas histórias de vida de superação dentro do esporte.
A carioca, que jogava futebol com as crianças na rua, sempre foi apaixonada pelas aulas de educação física. Aos 12 anos, não pensou duas vezes quando uma ONG lhe ofereceu a oportunidade de fazer aulas de basquete gratuitas. Dentro de quadra, com o apoio da organização, participou de competições contra clubes grandes do Rio de Janeiro e foi se destacando até conseguir uma oportunidade para aprimorar o conhecimento, por meio da uma bolsa de estudo em um colégio particular, onde também jogaria basquete.
Descrição gerada automaticamenteMulher ao lado de uma bola de basquete na mão
Localizado no Méier, o colégio ficava há dois ônibus de distância da casa da Layana, que acordava às 5h para estudar e depois treinar. Com os torneiros da escola, fez viagens para competir em outros estados e jogou quatro vezes pela Seleção Carioca. No fim do Ensino Médio, uma grande chance bateu em sua porta: foi convocada para fazer faculdade e jogar basquete nos Estados Unidos, que é o país mais influente da modalidade no mundo.
Com 18 anos, fez as malas e saiu do Brasil sem falar inglês em busca do sonho de viver do esporte. Aterrizou no país de estrelas como Le Bron James e Michael Jordan. O sol carioca deu lugar para os graus negativos de Wyoming, no norte do país, onde viu a neve pela primeira vez. A dificuldade da língua e o clima não a impediram de conquistar o que desejava. Após 4 anos de estudos em Administração Esportiva e jogos pelas ligas universitárias, voltou para o Brasil com um currículo cheio de experiências e uma motivação que a levaram a conseguir uma vaga como coordenadora de informação esportiva do basquete nos Jogos Olímpicos 2016. "Eu não fazia ideia da gama de possiblidades que o esporte poderia me oferecer. Quando era criança, pensava que era impossível viver do esporte", conta.
Em 2017, voltou para os Estados Unidos para fazer um mestrado em Gestão Esportiva com Foco em Marketing e descobriu um novo propósito: depois de adulta, fazer com que crianças como ela tenham oportunidades semelhantes às que teve. Com esse sonho de viver do esporte e gerar chances para os jovens, Layana voltou para Rocinha, onde desenvolve projetos sociais para sua comunidade.
"A REMS existe justamente para fortalecer pessoas como a Layana que tiveram a vida transformada pelo esporte e hoje quer retribuir ajudando a nova geração de crianças da sua comunidade. Queremos conectar organizações dentro da mesma causa do esporte", conta William Boudakian, Diretor Executivo do Instituto Família Barrichello, organização responsável pela Secretaria Executiva da REMS.
Para trazer mais ideias dentro desse propósito do esporte, neste mês, a REMS se reúne com o Sesc São Paulo e atletas como Flávio Canto, Aída do Santos e Ana Moser na Semana Internacional do Esporte Pela Mudança Social, um evento internacional, para mostrar como o esporte pode trazer soluções para problemas sociais. O evento vem com mais força em um ano marcado pelas Olimpíadas, que tornaram públicas histórias de vida de superação dentro do esporte.
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