Publicado 21/10/2021 15:27
Houston - A medalha de ouro da russa Angelina Melnikova no individual geral no Mundial de Ginástica Artística que acontece em Kitakyushu, Japão, encerrou a hegemonia defendida pelos Estados Unidos na modalidade desde 2010. Dona de 25 medalhas em campeonatos mundiais, Simone Biles acompanha o desempenho das compatriotas à distância. Com o futuro indefinido, a estrela que sucumbiu à pressão psicológica e mental nas Olimpíadas de Tóquio revelou nesta quinta-feira que ainda tem medo de repetir muitos dos movimentos que a coroaram no esporte.
Em entrevista ao canal 'NBC', a multicampeã confidenciou que ainda sofre com a sensação de desorientação durante as acrobacias aéreas certos movimentos, chamados 'twisties'. Recordista de títulos mundiais no individual geral, com cinco ouros, a americana, de 24 anos, revelou que ainda não se sente segura para voltar a competir.
"Os twisties vão voltar assim que eu competir novamente. Ainda estou com medo da ginástica", disse Biles.
"Os twisties vão voltar assim que eu competir novamente. Ainda estou com medo da ginástica", disse Biles.
A sensação de desorientação foi determinante para a decisão da ginasta de desistir da maioria das provas nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Insegura, ele se cobrava pelos erros básicos cometidos na execução dos movimentos que a consagraram. A pressão começou a afetar a saúde mental da atleta.
"Fazer algo que sempre fiz a minha vida inteira e não conseguir fazer mais, por tudo o que eu passei, é algo muito maluco porque eu amo muito este esporte... É difícil, peço desculpas. Não acho que as pessoas vão entender a magnitude do que enfrentei, mas por muitos anos precisei enfrentar muitas coisas sem ninguém para ajudar. E tenho orgulho de mim", destacou Biles, emocionada.
Vítima de Larry Nassar, médico da Federação Americana de Ginástica, julgado e condenado por mais de 150 casos de abuso sexual em duas décadas na entidade, Simone Biles chegou a Tóquio com o status de sucessora do nadador Michael Phelps e do velocista Usain Bolt como a grande estrela das Olimpíadas. Foi medalhista de prata por equipes e bronze, na trave. Com o futuro em aberto, ainda não voltou a treinar, mas admite disputar os Jogos de Paris-2024.
"Fazer algo que sempre fiz a minha vida inteira e não conseguir fazer mais, por tudo o que eu passei, é algo muito maluco porque eu amo muito este esporte... É difícil, peço desculpas. Não acho que as pessoas vão entender a magnitude do que enfrentei, mas por muitos anos precisei enfrentar muitas coisas sem ninguém para ajudar. E tenho orgulho de mim", destacou Biles, emocionada.
Vítima de Larry Nassar, médico da Federação Americana de Ginástica, julgado e condenado por mais de 150 casos de abuso sexual em duas décadas na entidade, Simone Biles chegou a Tóquio com o status de sucessora do nadador Michael Phelps e do velocista Usain Bolt como a grande estrela das Olimpíadas. Foi medalhista de prata por equipes e bronze, na trave. Com o futuro em aberto, ainda não voltou a treinar, mas admite disputar os Jogos de Paris-2024.
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