Rogério Caboclo Divulgação/CBF
Publicado 28/10/2021 16:20
Rio - O presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, se emocionou durante entrevista concedida à Rádio Jovem Pan na última quarta-feira. Acusado de assédio moral e sexual por ex-funcionárias da entidade, o dirigente voltou a negar qualquer crime, apesar de admitir ter utilizado linguagem imprópria em conversas com mulheres que trabalhavam na CBF.
"Eu vivi nos últimos tempos o que chamaria de choque de realidade, entre o entusiasmo e a euforia de cada dia trabalhado para uma circunstância absolutamente inusitada na minha vida. Sempre fui tido como homem trabalhador, respeitador e educado. De uma hora para outra, me vi envolvido num emaranhado de circunstâncias que eu nunca me imaginei e hoje eu digo que não desejo a ninguém. Todo ser humano é falível. Eu cometi e reconheci o erro que cometi. Mas longe de ser merecedor de um rótulo ou de roupagem de alguém que assedia, que desrespeita. Sou homem de família. Tenho muitas mulheres na minha família. A vida inteira trabalhei com mulheres e jamais vivi nada parecido", disse.

Caboclo disse ter sido vítima de um golpe e afirmou que atualmente é preciso ter muito cuidado para não ter falas tiradas de contexto e utilizadas com viés político.

"Não sou vítima, não quero passar por vítima. Reconheci meus erros, mas estou certo que não cometi assédio. Nunca me insinuei para ela. Que tenham responsabilidade. E os homens mais ainda. Infelizmente, vivemos no momento em que qualquer palavra tirada do contexto ou empregada em uma finalidade política nebulosa — e aí eu não me refiro à funcionária — pode manchar reputações, derrubar cadeiras. Peço aos homens e às mulheres: tenham muita responsabilidade, porque você nunca sabe no mundo de hoje do que você pode estar sendo alvo. Ou de quem. E repito: não é nenhum ataque à funcionária", afirmou.
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