Tenista ucraniana semifinalista de Wimbledon fala sobre a guerra: 'Me deixou mais forte'
Elina Svitolina derrotou a polonesa Iga Swiatek, número um do mundo
Por AFP
"A guerra me deixou mais forte", disse, nesta terça-feira (11), a tenista ucraniana Elina Svitolina
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Após derrotar a número um do mundo, a polonesa Iga Swiatek, nas quartas de final de Wimbledon, em uma batalha técnica e mental
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"A guerra me deixou mais forte, também mentalmente. Já não encaro os momentos difíceis como catástrofes. Existem coisas piores na vida"
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"Agora estou mais tranquila. Como acabo de voltar a competir, a pressão não é a mesma"
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Explicou Svitolina, que retornou às quadras apenas três meses depois de ter se tornado mãe, em outubro do ano passado
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"Obviamente, quero vencer. Tenho esta motivação, esta enorme motivação, de voltar ao mais alto nível"
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"Mas acho que depois de ter tido um filho, e com a guerra, me tornei uma pessoa diferente"
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"Vejo as coisas de outra maneira", acrescentou a ex-número três do mundo, que atualmente é a 76ª no ranking da WTA
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A ucraniana já tinha chegado a duas semifinais de Grand Slam na carreira, em Wimbledon e no US Open, em 2019, mas em nenhuma das ocasiões foi à final
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Aos 28 anos, ela afirma que agora encara os jogos de forma diferente, o que lhe permitiu jogar com grande agressividade durante todo o duelo contra Swiatek
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"Digo para mim mesma que tenho menos anos pela frente do que para trás, então tenho que dar tudo. Não tenho tempo a perder. Treino para estes grandes momentos", afirmou
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"Hoje estava no corredor para entrar na quadra central e vi toda a história deste torneio. Eu me dei conta de que treinamos para isso"
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"E disse para mim mesma nesse momento: 'Entre na quadra, faça o melhor que puder e lute pela vitória'"
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Swiatek também reconheceu a mudança
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"Ela jogou com mais liberdade e temeridade. Às vezes ela se soltava completamente e jogava muito, muito rápido"
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"Não sei se alguma vez ela jogou assim, porque só a enfrentei uma vez", afirmou a polonesa em entrevista coletiva
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"Também treinamos juntas na Austrália. Não me membro dela mudar tanto o ritmo nas trocas de bola, mas entendo perfeitamente por que ela fez isso"
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"É preciso jogar com coragem para vencer este tipo de jogo", acrescentou Swiatek